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Boi Pirata II apreende armas e máscara de onça-pintada em Novo Progresso, no Pará

Ibama - www.ibama.gov.br
Autor: Nelson Feitosa
19 de Set de 2009

Fiscais do Ibama na Operação Boi Pirata II aplicaram nesta sexta-feira (18/9) mais R$ 282,5 mil em multas durante vistoria aos novos desmatamentos identificados na região de Alvorada da Amazônia, a 40 km de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. Também apreenderam duas motosserras, material ilegal para a pesca, quatro armas, entre elas um revólver calibre 38 com a numeração raspada, e uma máscara feita com parte da pele de uma onça-pintada, desta vez nas imediações da comunidade do Projeto de Assentamento Santa Júlia, a 30 km do município.

"Quem caçou o animal, fez uma peça que choca pela crueldade. Certamente, era usada como troféu", explicou Gustavo Podestá, chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama em Santarém, que coordena a Boi Pirata II. A máscara foi encontrada presa à parede de um barracão, abandonado antes da chegada dos agentes.

Perto do assentamento, numa propriedade de 1,2 mil hectares, o equivalente a cerca de mil campos de futebol, os fiscais apreenderam duas espingardas calibre 22, geralmente usadas para caça, e notificaram o dono a apresentar os registros e porte das armas, além da autorização para o desmatamento da área. Se o corte da floresta for irregular, ele poderá ser multado em R$ 5 mil por hectare destruído.

O revólver calibre 38 e uma espingarda calibre 20, cano duplo, armas comumente utilizadas para defender terra grilada, foram recolhidas numa fazenda de 232 hectares, também nas proximidades do Santa Júlia. Na sede, o Ibama apreendeu ainda duas motosserras, uma tarrafa de três metros e uma rede com malhas menor que o permitido pela legislação ambiental.

Gado em área proibida

Uma fazenda embargada em 2008 por desmate ilegal, onde nenhuma atividade poderia estar sendo desenvolvida, de acordo com o artigo 108 do Decreto 6514, foi multada em R$ 200 mil por desobedecer à sanção do órgão, em Alvorada da Amazônia. A dona das terras, que criava gado no local, recebeu notificação para retirar o rebanho em 30 dias sob pena de ter os animais apreendidos. Outra propriedade foi penalizada em R$ 82,5 mil por destruir e queimar cerca de 11 hectares de floresta, ou seja, o tamanho de 11 campos de futebol.

A Boi Pirata II combate o desmatamento para a atividade pecuária em áreas protegidas na Amazônia Legal. A operação teve início em 2008, quando apreendeu e leiloou 3.146 cabeças de gado ilegal criado na Estação Ecológica da Terra do Meio, em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. As ações de fiscalização reduziram o desmatamento no mosaico de unidades de conservação da natureza da região e resultou na retirada voluntária de cerca de 30 mil cabeças de gado criados irregularmente dentro da estação ecológica.

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