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Aterro autuado 83 vezes pede ampliação

FSP, Cotidiano, p. C4
03 de Mai de 2010

Aterro autuado 83 vezes pede ampliação

Da reportagem local

Um aterro sanitário na Grande São Paulo que foi autuado 83 vezes por danos ambientais e ocupa área de segurança do aeroporto de Guarulhos pediu autorização ao governo do Estado para ser ampliado. A Cetesb analisa o pedido.
Um dos maiores do Estado, o aterro Pajoan, em Itaquaquecetuba, foi instalado em 2001 e tem autorização para funcionar por mais dois meses. O empreendimento recebeu 50 advertências e 33 multas da Cetesb, que somam R$ 3 milhões. Não pagou nenhuma, diz o proprietário, José Cardoso. No ano passado, o local ficou dois meses interditado.
Pedida em 2009, a ampliação prevê que o aterro receba até 9 milhões de toneladas de lixo em 12 anos.
Um aterro sanitário na Grande SP que foi autuado 83 vezes por danos ambientais e ocupa área de segurança do aeroporto de Guarulhos pediu autorização ao Estado para ser ampliado. A Cetesb (agência ambiental paulista) analisa o pedido.
Um dos maiores do Estado, o aterro Pajoan, em Itaquaquecetuba, foi instalado em 2001 e tem autorização para funcionar por mais dois meses. O empreendimento recebeu 50 advertências e 33 multas da Cetesb, que somam R$ 3 milhões. Não pagou nenhuma, segundo o proprietário, José Cardoso. No ano passado, o local ficou dois meses interditado.
Pedida em 2009, a ampliação prevê que o aterro tenha capacidade para receber 9 milhões de toneladas de lixo em 12 anos. Segundo a Cetesb, o atual tem vida útil que varia de seis a 26 meses, a depender de ajustes.
Não basta apenas aval do Estado. A empresa tem de obter autorização da Aeronáutica para operar; o pedido está em análise. O aterro está a 18 km do aeroporto de Guarulhos -resolução federal determina que a distância mínima para empreendimentos assim seja de 20 km, em razão dos riscos que as aves oferecem à aviação.
Relatório da própria Pajoan apresentado à Cetesb para a ampliação da área menciona que urubus e pombos sobrevoam o aterro. A Folha flagrou urubus ali na última semana.
Em ltaquaquecetuba, o Ministério Público Estadual entrou com ação para tentar barrar o aterro. O pedido foi da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local. Vagner da Costa, presidente da entidade, disse ao menos um morador da região foi à Justiça para pedir indenização por supostos danos causados pelo aterro. As fiscalizações da Cetesb já apontaram despejo de chorume (líquido resultante do lixo) em um córrego, cheiro forte, contaminação das águas subterrâneas e risco de desabamento do lixo.
O aterro tem apoio de prefeitos da região, cujas cidades enviam seu lixo para o local.
José Cardoso afirma que o seu empreendimento será exemplar no aspecto ambiental. O investimento do novo aterro é de R$15 milhões.
O projeto prevê tratamento de lixo e transformação em energia, diz. "Poderemos receber lixo de todo o Brasil."
Cardoso disse ter feito um estudo para tirar os urubus do local e ter um equipamento que inibe aves. Sobre os problemas, disse ter cumprido as exigências da Cetesb e recorrido das multas. Ele atribui a resistência ao aterro à "concorrência".

FSP, 03/05/2010, cotidiano, p. C4

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