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Artista diz que seu talento é reconhecido mas ainda sofre com preconceito

Folha de Boa Vista-RR
20 de Mai de 2002

A discriminação é um fantasma que ronda a vida de todos os índios que resolveram viver na cidade. Mesmo aqueles que conseguiram se adaptar aos novos costumes e obtiveram êxito na profissão que escolheram sofrem ao ser apontados na rua como sendo diferentes por causa das características marcantes de suas fisionomias.

É o caso do artista plástico Bartolomeu Tomaz, Bartô, que veio para Boa Vista juntamente com os pais, em 1973, quando ainda era bem pequeno. Na escola primária, ele entrou em contato com a arte. A partir daí, o indiozinho que hoje é um artista respeitado faz um pouco de tudo - pintor, escultor, desenhista e grafiteiro - tornou-se autodidata e passou a conhecer as obras de outros artistas famosos, até moldar o seu próprio estilo.

Apesar do destaque alcançado no mundo dos "brancos", ele ainda sofre com o preconceito. Bartô conta que foi difícil a sua adaptação na cidade. Tudo, principalmente a atitude preconceituosa das pessoas, deixou ele muito assustado no início. "Era tudo diferente. Ainda hoje enfrento discriminação e dificuldades", relata.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos indígenas que vivem na cidade, Bartô diz que o índio está conquistando o seu espaço. E é exatamente em busca desse espaço que ele diz realizar o seu trabalho. Sempre buscando alçar vôos mais altos.

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