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14 de Out de 2009
De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram desmatados 273 quilômetros quadrados na Amazônia Legal no mês de agosto de 2009. Em relação ao mesmo período no ano passado, o desmatamento teve um aumento de 167%. Ainda segundo o boletim Transparência Florestal, é a maior proporção já encontrada de desmatamento em Áreas Protegidas. Apenas nesse mês mais de 100 quilômetros quadrados foram desmatados em áreas onde o desmate deve ser zero.
O Imazon alerta que cerca de 46% (125 quilômetros quadrados) desse desmatamento pode ter ocorrido antes, pois estava situado em áreas cobertas por nuvens nos meses anteriores. Os estados campeões de desmatamento foram: Pará (76%), Mato Grosso (8%), Amazonas (6%) e Rondônia (5%). Os demais estados contribuíram com cerca de 5% do desmatamento.
No Pará, o desmatamento ocorreu de maneira mais concentrada no trecho da rodovia BR-163, que liga a fronteira com o Mato Grosso até Itaituba; na área de influência da rodovia Transamazônica entre os municípios de Marabá e Uruará e em São Félix do Xingu.
O desmatamento foi expressivo nas Áreas Protegidas, atingindo 48% do total no mês, a maior proporção de desmatamento registrada pelo SAD. As Unidades de Conservação (UCs) mais afetadas pelo desmatamento foram a Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual Triunfo do Xingu, na Terra do Meio (PA), com 18,7 quilômetros quadrados de devastação, a Floresta Nacional do Jamanxim (BR- 163, Pará) com 4,2 quilômetros quadrados e a Terra Indígena Apyterewa, também na Terra do Meio com 10 quilômetros quadrados.
Foi possível monitorar a grande maioria (92%) da Amazônia Legal (excluindo-se o Maranhão) em agosto de 2009. Diferente de outros meses, as nuvens não atrapalharam a medição do desmatamento na região.
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