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Aleitamento materno é incentivado entre Xavantes

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29 de Mai de 2009

As índias da etnia Xavante estão mais atentas para a importância da amamentação. A distribuição de cartazes e cartilhas na linguagem indígena e em português tem colaborado para a conscientização das mães. Há um ano, a Coordenação Regional em Mato Grosso (Core/MT) vem orientando mulheres, homens, lideranças indígenas e profissionais de saúde que atuam nas aldeias sobre o assunto.

De acordo com a técnica responsável pelas ações de Educação em Saúde, Elaine Silva, um dos fatores que contribuíram para uma redução da amamentação nos últimos anos é a vaidade. "Muitas mães jovens não oferecem o peito ao bebê com receio de ficar com os seios caídos", revela.

Além disso, algumas índias acreditam que o leite em pó é melhor que o materno. Entretanto, graças à divulgação de informações sobre os benefícios da amamentação, a prática de aleitamento materno está se fortalecendo entre os Xavantes. São mais de dois mil índios divididos entre as aldeias São Mateus, São Pedro, Estrela, São Domingos Sávio, São José, Santa Clara, São Marcos e Sangradouro que já receberam as orientações.

A índia Albertina Exeé, 39 anos, que recebeu a cartilha com as orientações da Funasa, diz saber da importância do aleitamento materno. "Meu filho tem dois anos de idade e minha neta, um. Dou de mamar aos dois. E, enquanto tiver leite, quero amamentar quantas gerações forem necessárias", assegura.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o leite materno é o alimento mais completo e apropriado que a mãe pode oferecer para seu filho, pois possui todos os nutrientes necessários para um bom desenvolvimento do bebê. Além disso, uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, revelou recentemente que mulheres que amamentam têm menos risco de sofrer doenças cardíacas ou derrames.

Não só as mães são beneficiadas com a amamentação. O leite materno combate a desnutrição infantil, obesidade e osteoporose, além de aumentar o laço afetivo entre mãe e filho, fazendo o bebê sentir-se amado e seguro. "A importância do leite materno para ambos é evidente. E é com o intuito de orientar a etnia sobre seus benefícios, que a Core/MT tomou a atitude de promover este trabalho nas aldeias", assinala o coordenador regional da Fundação no Mato Grosso, Marco Antônio Stangherlin.

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