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Açude ameaça se romper e inundar cidades no Piauí

OESP, Cidades, p. C8
30 de Jun de 2004

Açude ameaça se romper e inundar cidades no Piauí
Um dos municípios que correm risco é Pedro II, chamado de Suíça Piauiense

LUCIANO COELHO
Especial para o Estado

O Açude Joana, em Pedro II, a 195 quilômetros ao norte de Teresina, ameaça se romper e inundar as cidades que ficam às margens do Rio Corrente. O açude tem capacidade para 10,7 milhões de metros cúbicos de água e está com 6 milhões. Uma fissura na base da parede do açude está corroendo a estrutura e o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e a Defesa Civil começaram o processo de remanejamento das famílias em áreas ribeirinhas ao rio.
Segundo o coordenador do Dnocs no Piauí, José Carvalho Rufino, nos municípios de Pedro II, Piripiri, Capitão de Campos, Boa Hora e Domingos Mourão haverá equipes levando as famílias das áreas de risco, no caso de rompimento do açude.
Eles convocaram técnicos do Dnocs e do Ministério da Integração Nacional para verificar o açude e adotar as providências antes que aconteça uma tragédia, como em Alagoa Grande, na Paraíba. "Nós podemos pecar por excesso, mas não por omissão", disse o secretário estadual de Defesa Civil, Antônio Uchôa.
As famílias que moram nas imediações do Açude Joana estão sendo alertadas sobre o risco de alagamento com a possibilidade de rompimento do Açude. O prefeito de Pedro II, Carlos Braga (PFL), pediu providências urgentes às autoridades para evitar o pior. Ele ainda se preocupa com a possibilidade de a população do município ficar sem água para abastecimento humano.
Pedro II tem cerca de 40 mil habitantes e é conhecida como a Suíça Piauiense por seu clima ameno. Também é considerada a Terra da Opala, pelas minas da pedra preciosa azulada extraída na Serra dos Matões. Em São Paulo, ainda é famosa por uma curiosidade: é de lá que vieram vários chefs, garçons, barmen e outros profissionais que trabalham em restaurantes badalados da cidade, como o Fasano, o Laurent e o Sushi Kin. As vizinhas Piripiri e Domingos Mourão, também ameaçadas pela água, são outras grandes "exportadoras" de mão-de-obra para a culinária paulistana.

OESP, 30/06/2004, Cidades, p. C8

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