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Os territórios indígenas e tradicionais protegem a biodiversidade?

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Seção 5 do livro Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil: contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, para a biodiversidade, políticas e ameaças.

Muitos trabalhos científicos já demonstraram a importância dos territórios tradicionais para a conservação da biodiversidade. Este volume traz a contribuição de diversos autores que se debruçaram sobre essa questão. Juan Doblas e Antonio Oviedo estudaram as trajetórias de mudança de uso da terra entre 1985 e 2018. Avaliaram as determinantes espaciais e temporais das trajetórias nos territórios tradicionalmente ocupados e zonas de amortecimento correspondentes, em todos os biomas brasileiros. Os resultados mostraram a efetividade das terras indígenas, unidades de conservação e territórios tradicionalmente ocupados em manter a cobertura vegetal nativa, reforçando seu papel como escudos do desmatamento. Mauro Almeida trouxe o foco para as Reservas Extrativistas da Amazônia Legal, em geral, e do Estado do Acre, em particular, trazendo dados sobre seus efeitos na mitigação do desmatamento entre 2008 e 2018. Outros autores investigaram a contribuição das propriedades rurais do Estado de São Paulo na conservação da vegetação nativa e evidenciaram que imóveis de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais apresentam percentuais de vegetação mais altos. O volume apresenta também diversos processos e arranjos institucionais de governança envolvendo povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, além de discutir  a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).