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Ancient transformation, current conservation: traditional forest management on the Iriri River, Brazilian Amazonia.

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A legislação que rege as unidades de conservação de proteção integral no Brasil, em princípio, impede que estas áreas sejam habitadas por populações humanas. No entanto, praticamente em toda a Amazônia, essas reservas são habitadas. Esta pesquisa de ecologia histórica avalia os impactos da ocupação e do uso dos recursos por beiradeiros (camponeses da floresta) nas florestas de uma reserva de uso restrito na bacia do rio Iriri (Brasil, Amazonas). A hipótese é que as atividades tradicionais dos beiradeiros são congruentes com os objetivos de conservação da reserva, já que seus impactos são neutros ou aumentam a diversidade de paisagens florestais e da biota. A metodologia utilizou coleta de dados integrando um inventário florestal com técnicas arqueológicas em dois tipos distintos de floresta (floresta de terra firme e floresta sazonalmente inundada), levantamentos de fauna, listagem (freelisting) dos termos de árvores conhecidos pelos beiradeiros, e observação participativa, a fim de determinar os índices de diversidade biológica, a idade da floresta e os parâmetros do conhecimento tradicional por trás da diversidade no vocabulário local. Os resultados levam a rejeitar a premissa de que as atividades tradicionais dos beiradeiros provocam a degradação ou empobrecimento das florestas, e sugerem que os fundamentos que sustentam as unidades de conservação de proteção integral devem ser reexaminados.