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O indígena e a mensagem do segundo advento: missionários adventistas e povos indígenas na primeira metade do século XX.

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O objetivo desta tese é demonstrar que, na primeira metade do século XX, havia nos diferentes textos adventistas uma representação homogênea dos povos indígenas da América do Sul, apresentados como se estivessem "pedindo ansiosamente" pela presença de missões, pois seriam carentes de "civilização". Essa abordagem, entretanto, não exclui as peculiaridades de cada projeto adventista em áreas indígenas, com seus próprios indicadores de eficiência, e suas variadas recepções. O modelo de missão adventista desenvolvido no Peru a partir de 1910, principalmente entre os Aymara da região do Lago Titicaca, produziu expectativas a respeito dos trabalhos que poderiam ser realizados entre diferentes etnias. O caso das missões entre os Ashaninka também recebeu destaque nas publicações da igreja. Outro projeto de missão que repercutiu significativamente a partir de 1911 nas publicações adventistas ocorreu entre grupos Pemom, nas fronteiras entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana. A existência de uma religiosidade marcadamente profética na região, o Aleluia, é um importante fator para a análise da conversão ao adventismo. Por fim, esta tese aborda o projeto missionário adventista da região do Rio Araguaia, a partir de 1927. Publicações adventistas revelam as expectativas de que ocorressem batismos entre os Karajá, apesar das dificuldades para se alcançar esse objetivo. De qualquer maneira, a missão no Araguaia serviu para divulgação de uma imagem filantrópica da igreja, que estaria interessada na "pregação do evangelho" e na "civilização" do índio brasileiro