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Au-delà de la biomédecine: mythes, maladie et guérison chez les indiens Baré en Amazonie.

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Esta tese é baseada em uma etnografia realizada no grupo étnico Baré (Arawak - Brasil / Venezuela). Com o contato com os brancos, o grupo étnico Baré sofreu um forte impacto. A etnia foi até considerada uma época extinta no Brasil. Mas os Barés "ressurgiram" com uma rica cultura em que suas crenças e práticas tradicionais se misturam com muitos elementos "enxertados" de outras etnias do Rio Negro, bem como com as crenças e práticas do catolicismo popular como o uso alguns santos em suas práticas de cura. Estuda a interação entre o imaginário baré e as representações da doença, a etiologia e o tratamento dos males que não pertencem à biomedicina e analiso as diferentes modalidades da medicina tradicional, as dos pajes (xamãs), bem como as formas de recurso dos índios à medicina ocidental e/ou medicina tradicional. Além disso, concentra-se na análise da respectiva importância de cada terapia e do sentimento Baré quando um desses medicamentos está ausente. A medicina tradicional dos Baré, baseada em sua ancestral e atual cosmogonia e em seu modo de vida, parece ser fundamental e eficaz para curar um grande número de doenças causadas por causas que consideram sobrenaturais (feitiçaria), bem como outros perigos relacionados ao seu ambiente natural. A medicina tradicional, portanto, parece aos Baré como necessária e ao mesmo tempo complementar à biomedicina, com a qual forma um par subjetivamente efetivo.