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As vantagens das matas multiuso da Klabin

GM, Relatório Gazeta Mercantil, p. 3
27 de Mai de 2004

As vantagens das matas multiuso da Klabin

M ais do que abastecer as linhas de celulose e papel, as áreas florestais da Klabin alimentam a produção de móveis, instrumentos musicais, produtos para a construção civil e até mesmo a manipulação de fitoterápicos e fitocosméticos, essa última área encampada pela própria Klabin, aproveitando a mata nativa preservada. No total, a empresa mantém hoje cerca de 190 mil hectares de área plantada - 37,07 mil hectares com eucalipto, 142,29 mil hectares de pinus e 7,04 mil hectares de araucária. As áreas preservadas somam 123,37 mil hectares.
A vocação multiuso das florestas é considerada pelo diretor geral da Klabin, Miguel Sampol, uma oportunidade única para o desenvolvimento brasileiro e a geração de empregos.
Pólos de serrarias
As múltiplas atividades alimentadas pelas florestas da empresa, estimularam a formação de pólos de serrarias nas regiões em que estão instaladas. Telêmaco Borba, no interior do Paraná, é um exemplo. Já são 42 serrarias e cerca de 3 mil pessoas vivendo da atividade, segundo o diretor de assuntos estratégicos da Klabin, Reinoldo Poernbacher. O executivo explicou que os produtos de madeira de pinus são usados há mais tempo que o eucalipto em atividades como a de fabricação de móveis e já têm mercado estabelecido e tecnologia adequada para avançar mais no exterior.
Para elevar a oferta de madeira, tanto para a fabricação de papel quanto para a venda a terceiros, a Klabin vai gastar cerca de R$ 80 milhões neste ano. A área própria crescerá em 10 mil hectares. A produção total de madeira própria da Klabin será de 6,5 milhões de m³ este ano. A empresa é uma das maiores fornecedoras a terceiros, venda que representará aproximadamente 2,5 milhões de m³ em 2004. A compra de terceiros, principalmente de fomentados, também será ampliada. No ano passado, a área de fomento cresceu 2,5 mil hectares e, neste ano, deve aumentar cerca de 3,5 mil hectares. A intenção é manter entre 3,5 mil e 4 mil hectares o crescimento anual da área fomentada, diz Poernbacher.
Os planos já anunciados da companhia são para elevar de 1,2 milhão para 1,6 milhão de toneladas a produção de papel de fibra virgem até 2005. A empresa também é importante recicladora e a produção total de papel deve atingir 2 milhões de toneladas no mesmo período. Hoje são 1,5 milhão
A madeira vendida para terceiros precisa de um tempo maior para ser cortada, entre 20 e 25 anos, diz o diretor de assuntos estratégicos. Para abastecer a produção de papel são necessários cerca de oito anos. Os procedimentos de manejo florestal, produção de mudas, de sementes e o manejo de produtos florestais não madeireiros da Klabin receberam a certificação do Forest Stewardship Council (FSC), ou Conselho de Manejo Florestal, em 1998. A certificação foi renovada em 2003 e é valida até 2008. As demais operações também foram certificadas até o produto final.
A maior exportadora brasileira do papel kraftliner destinado à embalagens, foi a primeira empresa do setor a receber a certificação que começa a ser cada vez mais exigida no mercado internacional, particularmente no Europeu. Para exportar, as fábricas de móveis e instrumentos musicais precisam comprovar que a matéria-prima é certificada.
Fitoterápicos e fitocosméticos
Mas no caso dos fitoterápicos, a empresa foi a primeira do mundo a receber a certificação para toda a cadeia. A Klabin começou um projeto de utilização de produtos florestais não madeireiros no Paraná, em 1984, de forma artesanal. Em 1989 o trabalho ganhou escala de manipulação. Atualmente, são cerca de 61 produtos, todos com uma função ocupacional, informa a gerente responsável pela área, Loana Johansson. Do total de produtos manipulados no laboratório da empresa, 30 são fitoterápicos e 31 fitocosméticos. Um total de 15 mil pessoas são beneficiadas na região de Telêmaco Borba. "Fazemos a autogestão de nosso plano de saúde e os funcionários e familiares recebem os produtos de acordo com a prescrição da equipe médica", diz Loana. Agora, a empresa pretende avançar atendendo todos os funcionários.

GM, 27/05/2004, Relatório Gazeta Mercantil, p. 3

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