O Globo, Rio, p.13
12 de Mai de 2004
União vai recuperar matas da margem
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o governo federal vai utilizar parte dos recursos do Programa Nacional de Florestas na recuperação das matas de margem da Bacia do Paraíba do Sul. O anúncio foi feito ontem, no primeiro dia do Seminário sobre a Recomposição das Mata Ciliares das Bacias Hidrográficas Fluminenses e do Rio Paraíba do Sul, que está sendo realizado no Centro Cultural Banco do Brasil e conta com a participação de representantes de órgãos ambientais do estado, do governo federal e de entidades da sociedade civil.
- Estamos trabalhando no Programa Nacional de Florestas com a meta de plantar cerca de 50 mil hectares de espécies nativas por ano, principalmente em matas ciliares. A partir da prioridade a ser levantada pelo comitê (Ceivap, Comitê para a Integração da Bacia do Paraíba do Sul), podemos focalizar uma parte desse investimento para o Paraíba do Sul - disse a ministra.
O Ceivap garante ter prontos os estudos orientadores de investimento, que definem áreas prioritárias de acordo com a necessidade de recuperação ambiental. O presidente do comitê, Eduardo Meohas, e o coordenador, Cláudio Serricchio, comemoraram a aproximação com o Ministério do Meio Ambiente:
- O seminário, com a participação da ministra, é um salto de qualidade fantástico para a recuperação da bacia - disse Serricchio.
O superintendente do Ibama no Rio, Édson Bedin, quer o suporte de outros recursos na recuperação da mata ciliar das bacias fluminenses, especialmente a do Paraíba do Sul.
- Esperamos contar com a conversão de multas ambientais (como as da Petrobras), com o Fundo Nacional do Meio Ambiente, com parcerias externas e com fundos estaduais como o Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental). Além disso, pretendemos formar parcerias com proprietários rurais, chamando-os para um programa de reflorestamento nas margens do rio - diz Bedin.
O superintendente pretende sair do seminário, que termina amanhã, com a definição das áreas prioritárias para o reflorestamento das matas ciliares do Paraíba. O projeto no trecho fluminense será executado, segundo Bedin, num prazo de dez anos.
O Globo, 12/05/2004, Rio, p. 13
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