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20 de Abr de 2016
Diplomatas da União Europeia estão em Campo Grande nesta quarta-feira, dia 20 de abril. Eles vieram ao Mato Grosso do Sul apurar a existência de violação de direitos humanos dos indígenas. O grupo esteve na Assembleia Legislativa, palco de duas CPI´s sobre a questão indígena, para conversar com deputados estaduais.
Os diplomatas questionaram sobre o andamento da CPI que investiga o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O deputado estadual Pedro Kemp (PT) ligado às questões indígenas fez o acompanhamento da comissão.
O grupo conversou com o presidente Junior Mochi (PMDB) e com o 1o secretário Zé Teixeira (DEM). Mochi salientou o fato de que a demarcação das terras indígenas é crucial para a solução dos problemas. Kemp por sua vez, forneceu dados históricos sobre a questão fundiária, as mortes dos índios que vivem em confinamento.
Teixeira reforçou dizendo que os produtores rurais têm títulos de boa fé e que o governo federal não tem interesse em solucionar o problema, segundo ele. Mochi completou dizendo que os recursos gastos com a presença da Força Nacional já teriam sido suficientes para indenizar os produtores que querem vender a terra para a União.
Os diplomatas Erik Von Pistohlkors (Suécia), Katarzyna Anna Braiter (Polônia), BartVan Zwieteen (Holanda) e Nadia Benini (Bélgica) enfatizaram que o interesse da União Europeia é dar apoio a todos os excluídos do mundo e que têm apoio das ONGs. Frisaram que qualquer entidade pode fazer projeto e pedir auxílio por meio de recursos da mesma forma que o CIMI trabalha.
"A União Europeia intervém em vários domínios, entre eles os direitos humanos. Mantemos nossa participação nas discussões e apoiamos os povos indígenas. No Brasil, ajudamos o Cimi, por meio de envio de recursos financeiros. Não temos dúvidas da lisura do Conselho Indigenista e estamos aqui como observadores", explicou Erik Von, da seção Política, Econômica e Comunicação.
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