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Terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, apresenta casos de febre amarela

Radiobrás-Brasília-DF
Autor: Thaís Brianezi
05 de Abr de 2005

O ministro da Saúde, Humberto Costa, e o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Valdi Camárcio Bezerra reconheceram a ocorrência de febre amarela na terra indígena Vale do Javari, durante entrevista coletiva que concederam há pouco em Manaus. Nessa área de 8.520 quilômetros quadrados localizada no Amazonas vivem povos da família linguística Pano: Marubo, Matis, Mayoruna, Mayá e Kulina-Pano.

Há quatro indígenas moradores do Vale do Javari internados no Instituto de Medicina Tropical, em Manaus, com suspeita de febre amarela. Um deles, Bush Matis, um garoto de 16 anos, foi vacinado contra a doença em 1998. O período de imunização da vacina é de 10 anos, mas há possibilidade de que a contaminação aconteça antes disso. "São possibilidadades individuais, raras, que não comprometem a eficácia das campanhas de vacinação regulares", afirmou Alexandre Padilha, diretor do Departamento de Saúde Indígena da Funasa.

Valdi Camárcio informou que a vacinação contra a febre amarela no Vale do Javari está acontecendo, neste ano, desde 15 de março. Ele citou a diminuição das mortes de indígenas na região como prova de que a Funasa tem feito bem seu trabalho: em 2003 foram 23 óbitos; em 2004, o número de mortes causadas pela febre amarela caiu para três.

O Ministério da Saúde lançou hoje (5) a Semana de Vacinação Indígena das Américas. Além da vacina contra febre amarela, a campanha também aplicará, em 576 aldeias de 12 estados, vacina contra poliomelite, difteria, tétano, coqueluche, meningite pós haemophilus, sarampo, rubéola, varicela, pneumonia, hepatite, influenza (gripe) e tuberculose.

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