VOLTAR

SP monitora borboletas para verificar preservação de áreas verdes da capital

FSP, Cotidiano, p. C8
07 de Jun de 2008

SP monitora borboletas para verificar preservação de áreas verdes da capital

Da reportagem local

O monitoramento das borboletas ajuda a avaliar se uma área verde está ou não preservada. Essa é uma das razões para um levantamento preliminar ter sido realizado em 15 parques da cidade de SP.
Foram vistas 91 espécies diferentes por uma equipe do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes do município), num estudo entre 2005 e 2007. Agora, a busca por outras espécies terá continuidade em mais parques -os locais já explorados podem ser alvo novamente do estudo, de forma mais minuciosa.
Além de conhecer melhor os insetos da cidade, o monitoramento permite verificar a situação das áreas verdes. Se espécies desaparecem com o tempo, pode ser que a área verde não esteja em bom estado de conservação.
Vilma Geraldi, diretora do Depave-3, afirma que esse é o primeiro levantamento de invertebrados feito por técnicos do departamento e a pesquisa vai integrar o inventário de fauna da cidade.
Foram observadas borboletas em parques como Ibirapuera, Alfredo Volpi, Trianon e Independência. O Ibirapuera, com 1,5 milhão de metros quadrados, teve 28 espécies vistas. Segundo a bióloga Hiroe Ogata, o parque Alfredo Volpi, no Morumbi, com 142,4 mil metros quadrados e 17 espécies observadas, pode ser um dos mais ricos da cidade porque possui "um remanescente de floresta nativa".
Ela ressalta que as diferenças no número de espécies não permite dizer que um ambiente é mais "pobre" -pode ser sinal de que a área não pôde ser explorada adequadamente.
As borboletas mais comuns e fáceis de ver em SP, segundo Ogata, são as da família Pieridae -um exemplo é a espécie Phoebis philea. "Elas ficam bem visíveis, voam no sol", diz a bióloga. "No ambiente urbano, as mais raras não sobrevivem." (AFRA BALAZINA)

FSP, 07/06/2008, Cotidiano, p. C8

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.