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Somos índios

Época, Vida Brasileira, p. 56-63
Autor: Alexandre Mansur
22 de Jul de 2002

Somos índios
Os povos indígenas voltam a crescer, 500 anos depois da chegada dos brancos. Eles fazem o Brasil se olhar no espelho e descobrir um outro rosto

Alexandre Mansur

Suyane Moreira, de 19 anos, é uma das top models mais requisitadas da atualidade. Vive nas passarelas de Milão, Tóquio e Nova York. Nascida em Juazeiro do Norte, foi descoberta pelo mundo da moda em outubro de 2000, ao superar 6 mil candidatas em concurso da agência Ford. Aos 14 anos aprendeu a comer com talheres. Aos 16, a se equilibrar sobre saltos. Aos 17 viajou pela primeira vez de avião. Seu trunfo, contudo, são as feições que herdou da avó cariri. A tribo não existe mais, porém remanescentes dela se espalham por cidades do sertão cearense, levando no sangue a herança genética. 'Nos desfiles, as pessoas se admiram com meu rosto pouco convencional. Comentam como é diferente e belo', orgulha-se. A modelo não quer ser um troféu ao exotismo. Na passarela, com a pele morena e os olhos negros altivos, finca uma estaca em território que, até pouco tempo atrás, só era franqueado à beleza branca. Suyane, do povo cariri, relembra o Brasil seiscentista, mas é a novíssima cara do país.
Forjada num caldeirão étnico com o sangue de europeus, negros e aborígines, a sociedade brasileira vive hoje uma experiência inédita. Os índios, dizimados ou miscigenados ao longo de cinco séculos de colonização, tornaram-se o grupo populacional que mais cresceu no país na última década, segundo o Censo 2000. Para a antropologia nacional, esse foi o dado mais relevante do censo. Eles eram 294 mil em 1991. Hoje passam dos 700 mil, segundo a contagem oficial. As taxas de natalidade, que despencaram em todos os segmentos populacionais do país, no caso dos índios elevaram-se. O mesmo ocorreu com a expectativa de vida. O fenômeno pode ser conferido em pequenas aldeias e grandes cidades: há um Brasil emergente que insiste em mostrar a cara.
É certo que mais da metade dos índios brasileiros vive nas periferias urbanas. Afastaram-se de suas origens e tradições e se habituaram a ser vistos como mestiços, caboclos ou mamelucos. Ao denunciar sua situação de vítimas de uma aculturação forçada, muitos antropólogos os apontavam como caso perdido. Nos censos anteriores, os índios se declaravam pardos e até brancos, a depender da mistura étnica de cada região. Pois, na virada para o século XXI, eles reassumem a identidade dos antepassados, estimulados por conquistas recentes, como a demarcação de terras e as políticas de ação afirmativa.
Começam a se despir da condição de brasileiros de segunda classe.
No ranking dos Estados com maior população indígena, o líder continua a ser o Amazonas, com 119 mil pessoas. Em segundo lugar vem São Paulo, o mais desenvolvido e urbanizado do país, onde residem, de acordo com o recenseamento, 62 mil índios. Apenas 3 mil deles vivem aldeados, os demais estão nas cidades paulistas. No Distrito Federal, onde não há reserva da Funai nem comunidade indígena urbana conhecida, mais de 9.500 pessoas se declararam de origem indígena.
Alguns índios urbanos sempre estiveram onde estão. Vivem num pedaço de chão que só mais tarde seria ocupado pelo cimento. Como a guarani Cora Pereira, que nasceu numa comunidade nativa no bairro do Jaraguá, na cidade de São Paulo. Filha do atual cacique, cresceu na aldeia cercada pela periferia. Aos 22 anos, fugiu da comunidade para casar com um metalúrgico do ABC. Sua filha, Katia, que foi criada no asfalto, hoje se orgulha de ser índia.
A maioria dos que moram nas periferias foi expulsa de suas terras por grileiros. Ou então tangida pela seca, no caso dos grupos que se movimentam a partir do Nordeste. Nas últimas quatro décadas, levas de índios pancararus deixaram o sertão pernambucano. Maria Cícera de Oliveira, de 34 anos, saiu da aldeia para viver com airmã, em São Paulo. Começou a trabalhar como digitadora em um grande banco, foi se especializando e hoje é analista de sistemas.
'Sei que tenho uma posição privilegiada', reconhece a pancararu, batizada no rito católico.

Está desabando o mito que estigmatiza o índio como um ser inviável para o convívio social. Assim como Maria Cícera, a maioria se integra à sociedade - e bem. O vendedor pancararu Luis Cícero dos Santos, de 29 anos, construiu um barraco no bairro de Jardim Elba, na capital paulista, e trouxe a mãe de Pernambuco. Casou com uma não-índia e tem uma filha de 7 anos. Sente-se tão integrado que decidiu descobrir outros pancararus na região e organizá-los. Nos últimos três meses localizou, só no lugar onde mora, mais de 50 famílias com antepassados da tribo, gente desconhecida pelo movimento indígena. As investigações de Cícero mostram que os números do IBGE, embora surpreendentes, podem estar até defasados. É certo que os recenseadores não chegaram a reservas remotas. Em Roraima, o censo totalizou menos de 21 mil índios. Só nas reservas ianomâmi, uapixana e macuxi há mais de 34 mil.

O novo orgulho da raça é fruto de uma aliança pragmática. Nos últimos anos, vários povos se deram conta de que poderiam ter direitos reconhecidos pela 'lei dos brancos', caso se organizassem. A constatação fez emergir lideranças nos anos 70 e 80, em pleno regime militar, que passaram a denunciar a situação de inferioridade de seus grupos, tanto no Brasil quanto no Exterior. Foi o que motivou o xavante Mário Juruna a candidatar-se e eleger-se deputado federal em 1982, o txucarramãe Raoni a desfilar pelo mundo ao lado de estadistas e invariavelmente do roqueiro Sting e Aílton Krenak a arquitetar o primeiro movimento com dimensão nacional. Krenak costuma dizer que, se há uma coisa que os índios aprenderam com os brancos, é a estratégia de juntar forças para atingir objetivos. Nos últimos dez anos, 400 organizações pipocaram no país. 'O índio é uma abstração do mundo dos brancos. O que existe são povos com tradições, hábitos e línguas específicas que encontraram um meio para se expressar', diz a antropóloga Marta Azevedo, do Instituto Socioambiental.

Até meados dos anos 80, eles eram vistos como seres primitivos e vulneráveis. A mudança, não por acaso, correu paralelamente à redemocratização do país. 'Despertei para isso quando fui procurado por uma fotógrafa estrangeira para fazer um livro sobre povos em extinção.
Pensei: mas nós estamos vivos!', lembra Aílton Krenak, que na ocasião tratou de juntar outras lideranças e fundar a União das Nações Indígenas. Fizeram manifestações em Brasília, garantiram direitos na Constituição de 1988. A principal conquista foi o direito de viver em terras demarcadas. Na última década, 243 reservas foram regularizadas. Os índios ocupavam 4,6% do território brasileiro nos anos 80. Hoje têm 12%. E querem mais.

Grupos aculturados, que viviam em comunidades miseráveis, agora pleiteiam o status de etnia. Descobriram que é mais fácil conseguir terra como índio que como trabalhador rural sem terra. 'São famílias que não falam a língua original, mas tentam misturar seus cacos de tradição com as cerimônias da cultura indígena predominante na região', explica o líder indígena Marcos Terena. A demanda por reconhecimento étnico cresceu tanto nos últimos cinco anos que a Funai foi obrigada a criar um departamento - e contratar antropólogos - para avaliar os pedidos endereçados por novas tribos. Há 27 na fila. 'Às vezes é difícil comprovar que são remanescentes de grupos nativos', diz a lingüista Deuscreide Pereira, responsável pelo departamento. Muitas tribos surgem com nomes curiosos, como os borboletas, do interior gaúcho, ou os pipipans, do sertão pernambucano.

Essas comunidades inspiram-se no êxito de tribos como a dos caxixós, grupo com uma centena de pessoas que viviam na zona rural dos municípios de Martinho Campos e Pompeu, a mais de 150 quilômetros de Belo Horizonte. Trabalhavam como bóias-frias, até que, em meados da década de 80, se aproximaram de lideranças indígenas mineiras. 'Embora tenham perdido a língua nativa, lembram do passado e conhecem os sítios arqueológicos onde eram enterrados os antigos caciques', explica o antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional do Rio de Janeiro. No fim de 2001, a Funai reconheceu a autenticidade dos caxixós.
Agora, vai demarcar suas terras.

A maior parte dos grupos emergentes é do Nordeste. Só no Ceará, há 22 comunidades se organizando. Seguem o exemplo de uma vila tremembé, do município de Itarema, a 100 quilômetros da paradisíaca Praia de Jericoacoara. 'Para não se misturar com os brancos, eles casavam entre si', conta Maria Amélia Leite, da Associação Missão Tremembé. 'Não podiam dizer que eram índios publicamente.' A história começou a mudar em 1982, quando os moradores de Caucaia, uma cidade vizinha, tentaram impedir que um tremembé fosse enterrado no cemitério municipal. Alegavam que índios não são cristãos. Foi o estopim para o movimento de reivindicação. Após muita pressão, foram reconhecidos em 1993. Cerca de 1.200 já foram identificados, mas acredita-se que beirem os 5 mil. Em comum com os ancestrais, guardam a torém, uma cerimônia de cânticos em três línguas (tupi, tremembé e português), e o mocororó, uma bebida alucinógena e afrodisíaca feita com sumo de caju.

De olho nessas reviravoltas, grupos que fugiram para as cidades cogitam retornar para as aldeias. Hoje o sonho de recuperar a vida tribal persegue boa parte dos 20 mil índios perdidos nas favelas de Manaus. O ticuna Domingos Florentino, de 33 anos, mudou-se para lá quando era adolescente. Arrumou trabalho, casou e teve dois filhos. Mas o pensamento continua na aldeia, principalmente agora que a assistência de saúde melhorou e há até uma escola especial para os ticunas. 'Se eu perder o emprego aqui, volto para a aldeia', avisa. A possibilidade de retorno é uma novidade' e nem todos os descendentes estão preparados para enfrentá-la. A estudante Lenita dos Santos, de 22 anos, é filha de uma ticuna e um índio peruano. Nasceu em Manaus, de onde nunca saiu. Seus pais querem voltar para a comunidade no Alto Rio Solimões. O irmão mais velho já arrumou emprego numa escola indígena de lá e sua mãe quer que a filha vá junto. O sonho de Lenita é ficar e estudar enfermagem. 'Tenho mais futuro em Manaus', declara.
De certo ponto de vista, a ticuna tem razão. Em todo o país, crescem ações afirmativas que nitidamente favorecem os índios urbanos. Em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, o prefeito e o governador chegam a disputar quem concede mais benefícios. Cada um inaugurou um bairro com casas populares, água, luz, escola e centro cultural para os terenas, guaranis e cadiuéus que moravam em barracos na periferia. Lá, a Funai consegue descontos de até 15% na Universidade Católica Dom Bosco. A Universidade da Amazônia, em Manaus, dá bolsa para 15 ticunas que vivem na cidade. Em São Paulo, a Escola Politécnica da USP oferece a índios cursinho preparatório. Os que se destacam conseguem bolsas de graduação na PUC de São Paulo. 'Precisamos melhorar as nossas chances na cidade', diz a guarani Poty Poran Carlos,
de 25 anos, que faz pedagogia e dá aula na escola da aldeia no Jaraguá, periferia de São Paulo.
Poty integra um seleto grupo que ingressa na universidade - fazendo questão de preservar as origens. Provenientes de várias etnias, esses jovens que tiveram acesso à educação superior hoje repensam o futuro. Há dois meses, seis deles se reuniram no escritório do Banco Mundial, em Brasília, para opinar sobre megaprojetos que atingem interesses indígenas. Depois de passar meio milênio assimilando a visão de mundo dos brancos, a voz desses povos ganha força. Daniel Munduruku saiu da aldeia na região de Santarém, no Pará, aos 15 anos, para estudar com padres salesianos. Abandonou o seminário aos 22, quando já morava em Lorena, no interior de São Paulo. 'Foi a desculpa que encontrei para estudar', diz. Fechou a Bíblia, matriculou-se num curso de filosofia e casou com uma agrônoma paulista. É autor de vários livros infanto-juvenis sobre mitologia indígena. Apesar de estar longe da tribo, Munduruku faz questão de transmitir aos filhos as histórias que sua avó narrava. 'São passagens que explicam a criação do mundo e nos fazem entender a morte', diz. Nas próximas férias, as crianças vão conhecer tios e primos que vivem de caça, pesca e coleta de castanhas numa aldeia a dois dias de barco de Santarém.

Durante anos, os antropólogos imaginaram que os índios perderiam a identidade ao entrar em contato com a educação dos brancos e facilidades como telefone e televisão. Para os índios, tal risco não existe. 'Não deixamos de ser índios por nos apropriarmos da tecnologia', diz Munduruku. 'O que nos une é a certeza de pertencer a uma comunidade e preservar a memória dos que estavam aqui há mais de 500 anos', pontifica Jurandir Xavante, de 35 anos, que fundou o Instituto de Desenvolvimento das Tradições Indígenas, em São Paulo.
A relevância desses índios intelectualizados aumenta com o interesse renovado que o Brasil tem neles. Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Socioambiental ao Ibope revelou que 88% dos brasileiros concordam que os índios conservam melhor a natureza, 81% acham que não são preguiçosos e 91% consideram que devem ter espaço para viver conforme sua cultura.
De maneira otimista, a maioria dos entrevistados acredita que os índios vão continuar em suas terras e preservar as tradições. 'Entre os preconceitos que desmoronam, o mais terrível era o que discriminava os índios em relação aos pobres', afirma o antropólogo João Pacheco. Já foi praxe lavradores e gente que se equilibra no subemprego segregarem índios em vilas e nas periferias urbanas. 'Agora há liberdade para declarar a origem sem sofrer hostilidades', afirma Pacheco.
Essa nova identidade nacional 'o índio brasileiro' terá impacto na forma como a sociedade se vê. Em vez de tentar homogeneizar a mistura de raças, o país passa a conviver com a diversidade de culturas. 'O Brasil alimentava-se do mito da democracia racial, que embaçava as fronteiras entre etnias.
Exaltava-se o país mestiço, onde todos são predominantemente morenos', lembra o cientista político Simon Schwartzman, diretor do American Institute for Research e ex-presidente do IBGE. Ele aponta duas vertentes superadas de pensamento. Uma sustentava que o preconceito era econômico, e não racial, e ignorava as discriminações pela cor dentro de cada classe. Outra linha, lançada por Gilberto Freyre, pregava que a miscigenação entre portugueses, negros e índios anulou, no país, as possibilidades de conflito.

Nos últimos dez anos, em sintonia de propósitos com o movimento negro, os índios decidiram assumir suas diferenças. 'Aceitar a multiculturalidade torna o país muito mais interessante', diz Schwartzman. 'O Brasil terá de sair das ideologias do mulatismo e do hibridismo natural', prevê o antropólogo Roberto DaMatta.
'Não haverá mais superiores brancos que forneçam modelos e orquestrem o sistema para negros e índios.'

Saúde de volta à aldeia
Desde que os índios passaram a ter assistência básica, a taxa de mortalidade infantil caiu em 21%

A população indígena vem experimentando melhoria nas condições de vida desde agosto de 1999, quando a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) assumiu a assistência nas aldeias e começou a oferecer um serviço de fazer inveja aos caboclos do interior do país. O investimento, que ficava em R$ 20 milhões por ano, cresceu dez vezes. As aldeias recebiam a visita de uma equipe volante a cada dois anos. Passaram a contar com um índio agente de saúde, com treinamento e rádio para acionar médicos e dentistas, que iam à aldeia a cada 30 dias. Em um ano, o índice de mortalidade infantil despencou em 21% e os casos de malária reduziram-se em 50%.
'Quem mora na zona rural não tem um atendimento tão bom', compara Ubiratan Moreira, da Funasa. A atenção é motivo de ciúme. No ano passado, Moreira foi interpelado por um cacique carajá, no Parque do Araguaia. 'Ele reclamou que nossa equipe também estava dando assistência aos ribeirinhos, nas imediações da reserva', conta.
Para os ianomâmis, no norte de Roraima, o efeito foi dramático. Seu primeiro contato com os brancos ocorreu nos anos 80, quando as terras foram invadidas por 40 mil garimpeiros que levaram doenças infecciosas, destruíram as roças e sujaram a água dos rios. No início da década de 90, a maioria dos invasores tinha sido expulsa, mas a situação ainda era calamitosa. A mortalidade infantil tornara-se quatro vezes maior que no resto do país. Comparava-se aos índices de um campo de refugiados em Serra Leoa, na África. Para atacar o caos dos grupos mais isolados, a Funasa fez um convênio com a Urihi, uma ONG local, e colocou 55 médicos e enfermeiros no território. Dos 6 mil índios atendidos por eles, apenas dez falam um pouco de português. Mesmo assim, 24 foram treinados para fazer exames de sangue no microscópio, nas próprias aldeias. O número de casos de malária, que passava dos 500 por mês, hoje não chega a 20. Atuberculose caiu pela metade. O índice de mortalidade entre os ianomâmis já é igual ao do restante do país. É um esforço de guerra. 'Para atingir as aldeias mais remotas, não há nem estrada. Só de helicóptero', conta o médico Cláudio de Oliveira, presidente da Urihi.

AS TRIBOS DO BRASIL
Os novos números da presença dos índios no país. Metade dessa população vive nas periferias das cidades, fora das terras indígenas
SÃO PAULO: 62.019 - A maior parte da população está em favelas, como a Real Parque, na capital
MATO GROSSO DO SUL: 60.533 - Os terenas, guaranis e cadiuéus vivem em pequenas reservas no interior do Estado e nos bairros populares de Campo Grande
RIO DE JANEIRO: 33.389 - Vindos do Nordeste, vivem nos subúrbios da capital do Estado
AMAZONAS: 119.927 - Dividem-se entre as aldeias e cidades, como São Gabriel da Cachoeira e a periferia de Manaus
RORAIMA: 20.912 - Os ianomâmis, uapixanas e macuxis vivem em reservas que ocupam metade do território do Estado
CEARÁ: 3.469 - No litoral, 22 grupos se organizam para pedir reconhecimento da Funai
ACRE: 10.205
RONDÔNIA: 15.859
PARANÁ: 19.636
SANTA CATARINA: 1.515
RIO GRANDE DO SUL: 29.739
PARÁ: 19.029
MATO GROSSO: 46.027
GOIÁS: 10.916
AMAPÁ: 2.996
MARANHÃO: 46.494
TOCANTINS: 12.007
DF: 9.527
MINAS GERAIS: 50.381
PIAUÍ: 2.106
BAHIA: 60.329
PERNAMBUCO: 32.812
RIO GRANDE DO NORTE: 598
PARAÍBA: 4.353
ALAGOAS: 6.101
SERGIPE: 10.238
ESPÍRITO SANTO: 10.345

PROTAGONISTAS NA CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE MULTIÉTNICA E MULTICULTURAL

Mário Juruna: Despontou nos anos 70, com um gravador na mão para cobrar promessas de autoridades. Em 1982, foi eleito deputado federal Paulinho Paiakan: Em plena luta contra madeireiras e grileiros do Pará, foi condenado por
estupro de uma estudante em 1992, num caso que repercutiu globalmente
Aílton Krenak: Criou o primeiro movimento de âmbito nacional. Em 1987, pintou o rosto com jenipapo no Congresso
Cacique Raoni: Nos anos 90, aliou-se ao movimento ambientalista. Ganhou fama internacional com o apoio de artistas e chefes de Estado na Europa
Galdino Jesus dos Santos: O pataxó foi queimado vivo em Brasília por cinco jovens, em 1997.
O crime indignou o país e provocou comoção internacional

Época, 22/07/2002Vida Brasileira, p. 56-63

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT27900-15228,00.html

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