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Serviço Florestal Brasileiro e Polícia Federal estudam parceria para identificação de madeira

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17 de Jan de 2020

Serviço Florestal Brasileiro e Polícia Federal estudam parceria para identificação de madeira

O uso de isótopos estáveis vai permitir a localização da origem da espécie apreendida

Pe2020 01 16 PF LPF1ritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal visitaram o Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro, nesta quinta-feira (16), para conhecer as estruturas do setor de Anatomia e de Química. O objetivo é estreitar a parceria entre os órgãos no desenvolvimento de um projeto de identificação de madeira por meio de isótopos estáveis.

A Polícia Federal (PF) e o LPF já desenvolvem trabalhos conjuntos há mais de 10 anos. Essa cooperação vem se dando por meio cursos de identificação de madeiras ministrados pelos profissionais do LPF aos peritos e pela emissão de laudos periciais das madeiras apreendidas nas operações policiais.

Neste momento, a PF está propondo novas técnicas de identificação da origem da madeira por meio da utilização de isótopos estáveis, de DNA e outros processos. Assim, a parceria com o LPF é estratégica para agregar conhecimento sobre as técnicas de coleta e de identificação da madeira, além de os órgãos estarem engajados na definição de protocolos de coleta de madeira que possam aprimorar as metodologias já utilizadas.2020 01 16 PF LPF4

O analista ambiental do Serviço Florestal Brasileiro e responsável pelo Setor de Anatomia do LPF, Alexandre Gontijo, trabalha em cooperação com a PF há seis anos e destaca a importância da nova parceria por se tratar do desenvolvimento de uma nova tecnologia usando técnicas científicas modernas. "É gratificante quando somos procurados e conseguimos colaborar naqueles casos difíceis de identificação da madeira pois, para além de um laudo policial, estamos ajudando na proteção e preservação da espécie", ressaltou Gontijo.

Durante a visita, os peritos da Polícia Federal conheceram os equipamentos e técnicas utilizados na coleta e identificação da madeira, ouviram em detalhes o programa de concessão florestal e o processo de monitoramento das madeiras extraídas pelo plano de manejo florestal e receberam informações sobre a sistemática do Inventário Florestal Nacional.

O diretor de Pesquisa e Informações Florestais do Serviço Florestal Brasileiro, Joberto Veloso, explicou aos peritos a sistemática utilizada na produção do Inventário Florestal Nacional desde a coleta de amostras botânicas, enviadas para identificação aos 21 herbários existentes no Brasil e coordenados pelo Jardim Botânico até a pesquisa socioambiental realizada com os moradores nos pontos selecionados, para conhecimento da relação das pessoas com a floresta.

2020 01 16 PF LPF5"Já conseguimos fazer a coleta de dados para o Inventário Florestal Nacional em 18 estados do país e representa um banco de dados riquíssimo, que poderia ser uma importante ferramenta para alimentar o sistema da Polícia Federal", argumentou Joberto.

O uso de isótopos estáveis tem a função de fazer a identificação de madeira por região, ou seja, buscando a localização de origem da madeira. Essas informações serviriam para alimentar um banco de dados com base nas amostras já coletadas e cruzar com informações adquiridas por meio de material já arrecadado em locais de crimes.

Segundo o diretor do Instituto Nacional de Criminalística da PF, Luiz Spricigo Jr, 90% da ciência forense é feita por meio do banco de dados e uma parceria com o Serviço Florestal para alimentar as informações da Polícia Federal será extremamente relevante.

"O serviço Florestal Brasileiro tem uma capilaridade expressiva com o levantamento de dados feitos pelos inventários, tanto nas áreas de concessão quanto dos próprios IFNs. Isso não conseguimos fazer, não temos logística para fazer esse trabalho e se conseguirmos agregar nossas amostragens ao trabalho de campo desses inventários, iremos enriquecer muito o nosso banco de dados de informação", disse o diretor.

O Serviço Florestal Brasileiro e a Polícia Federal vão trabalhar na produção de um protocolo de coleta de madeira. Esse instrumento vai orientar o trabalho de campo dos técnicos que realizam a coleta de material para os relatórios do IFN e, também, e para o inventário das áreas de concessão florestal pelos concessionários e obter informações que possam colaborar com o trabalho de perícia criminal.

http://www.florestal.gov.br/component/content/article?id=1851

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