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Seminário internacional no AC debate alternativa à produção tradicional

A Tribuna-Rio Branco-AC
17 de Mai de 2002

O seminário internacional "Biodiversidade: controle social no uso e na repartição dos benefícios" tem a participação de 35 países. Com o apoio do governo do Estado do Acre e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o encontro pretende mostrar os resultados de trabalhos já concretizados pelos países participantes e estabelecer novos rumos para a relação entre meio ambiente e economia (desenvolvimento sustentável).
O seminário é uma parte do workshop internacional "Manejo Local da Agrobiodiversidade". "Isso aqui é uma celebração", afirmou o governador do Estado do Acre, Jorge Viana, que abriu os trabalhos fazendo uma explicação das experiências vividas em seu governo. "Procuramos estabelecer critérios para mostrar que a floresta tem saída lucrativa para o desenvolvimento", afirmou Jorge Viana.
Os organizadores do encontro afirmaram que o Acre foi o Estado escolhido para sediar o seminário "por ter uma tradição de defesa do meio ambiente e de tentar estabelecer políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável". De acordo com a coordenadora do encontro, a bióloga Ângela Cordeiro, o que mais tem surpreendido os ambientalistas e cientistas presentes foi a relação entre o conhecimento das populações tradicionais, o conhecimento científico e as estruturas do poder público.
"Nas experiências mostradas aqui no Acre podemos ver que a ciência precisa rever o papel dos conhecimentos dos povos da floresta. Eles se mostraram parceiros na elaboração de novas políticas ambientais aqui na região", verificou a bióloga Cordeiro. Ângela afirmou que as experiências do processo de manejo em outros países não têm mostrado o mesmo impacto que as formuladas aqui. "Em outros países, o extrativista tem a biodiversidade ao alcance das mãos, mas não dispõe de estrutura para produzir".
A colombiana Belsy Constanza, representante da Associação dos Produtores Indígenas e Camponeses da Região Andina (Asproinca), afirmou que na Colômbia ainda não se formulou uma agenda que colocasse os processos de manejo como parte integrante de políticas ambientais.
"O projeto do Seringal Cachoeira é uma excelência porque conseguiu atrair investimentos de empresas fora do Estado, a madeira certificada, gera renda para a população local e emprego. A Columbia ainda chegará nesse nível. Estamos aprendendo com o Acre", consolou-se.

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