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Seminário em Brasília reúne mulheres indígenas das cinco regiões do país

PNUD - www.pnud.org.br
13 de Nov de 2013

Durante os últimos dois dias (12 e 13/11), cerca de 60 mulheres indígenas de diversas etnias e vindas das cinco regiões do país estiveram reunidas em Brasília para o Seminário de Mulheres Indígenas e Segurança Alimentar e Nutricional.

O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), contou com o apoio do PNUD e de outros parceiros como a Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) e a ONG Oxfam Internacional.

Além de abordar a segurança alimentar e nutricional das mulheres indígenas, o encontro também promoveu a troca de experiências, práticas e saberes entre as diferentes culturas alimentares indígenas, dando visibilidade ao papel das mulheres indígenas e incentivando o diálogo entre os órgãos do governo federal que tratam do assunto.

Para selecionar as participantes, o Consea pediu indicações das entidades indígenas com assento no conselho e fez a escolha mediante critérios que contemplassem as cinco regiões do país e preservassem a diversidade de etnias.

Encontros como este promovem o fortalecimento do papel das mulheres indígenas na promoção do bem viver, considerando a diversidade e a especificidade dos povos. A reflexão sobre as práticas alimentares dos povos indígenas, considerando fatores climáticos, ambientais, territoriais, sociais, políticos e culturais também ganha força neste tipo de dinâmica.

"Um dos principais objetivos do encontro foi o de estabelecer um processo de escuta das mulheres indígenas pelos órgãos de governo para a qualificação de ações específicas para os povos indígenas nas esferas municipal, estadual e federal. Acreditamos que seja uma forma que temos de contribuir para que estas comunidades tenham melhores oportunidades no que diz respeito à segurança alimentar e nutricional", explica Fernando Moretti, coordenador do Programa Conjunto da ONU sobre Segurança Alimentar e Nutricional (PCSAN).

Embora o Brasil tenha tido um desempenho notável na redução da desnutrição, os indicadores nacionais encobrem desigualdades internas. No caso dos povos indígenas, existe uma situação de fragmentação cultural, doenças e fome decorrentes da perda de capacidade de autogestão e autonomia econômica.

Neste contexto, as Nações Unidas e o Governo Federal formularam o Programa Conjunto Segurança Alimentar e Nutricional de Mulheres e Crianças Indígenas no Brasil (PCSAN), que foi executado de 2009 a 2013, com o objetivo de contribuir para ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Atuação junto aos povos indígenas e comunidades tradicionais

O PNUD no Brasil promove o desenvolvimento humano sustentável e a redução da pobreza através do desenvolvimento das capacidades das comunidades. Os principais participantes de nossos projetos são as comunidades indígenas e os povos tradicionais, como extrativistas, artesãos, coletores e povos que dependem da manutenção do meio ambiente para sua subsistência.

Ao longo dos anos, o PNUD apoiou a formulação de importantes políticas públicas e projetos, como a Carteira Indígena, uso sustentável da biodiversidade na florestas, apoio a políticas de desenvolvimento sustentável, programa de pequenas subvenções, entre outros.

Com o apoio do Fundo Global de Meio Ambiente (GEF), o PNUD, em parceria com a FUNAI, executa o projeto de Gestão Ambiental de Terras Indígenas (GATI), que visa adotar uma estratégia de gestão ambiental e territorial em Terras Indígenas para a conservação efetiva e o uso sustentável da biodiversidade. O objetivo geral do projeto GATI é a conservação, proteção, recuperação, uso sustentável e etnogestão da biodiversidade em Terras Indígenas do Brasil.

http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=3780

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