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Seis homens e uma mulher compõem júri de morte de cacique

Portal G1 - http://g1.globo.com/
21 de Fev de 2011

Julgamento começou por volta das 12h desta segunda (21), em São Paulo.
Cacique foi morto em 2003, no município de Juti (MS)

Os sete jurados que irão participar do julgamento de três acusados pelo assassinato do cacique guarany-kaiwá Marcos Veron, em janeiro de 2003, em Juti (MS), foram escolhidos no início da tarde desta segunda-feira (21). Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal, serão seis homens e uma mulher. A sessão teve início por volta das 12h.

O júri ocorre em São Paulo, no Fórum Federal Criminal. O caso será julgado pela juíza federal Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal. A expectativa, de acordo com a Justiça, é que o julgamento dure entre oito e 15 dias, devido ao grande número de testemunhas a serem ouvidas.

Depois da escolha dos jurados, deveriam ser ouvidos indígenas que, como o cacique, teriam sido atacados pelos acusados. Até as 13h15, no entanto, as testemunhas não haviam chegado ao Fórum. Devido ao atraso das testemunhas, a juíza optou por fazer a leitura das peças. As vítimas devem ser ouvidas na terça-feira (22).

No decorrer do processo, o júri foi transferido de Mato Grosso do Sul, onde ocorreu o crime, para São Paulo a pedido do Ministério Público Federal, que alega que naquele estado não há condições de isenção suficientes para garantir um julgamento imparcial. Além disso, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) determinou que o júri ocorra em São Paulo para evitar que a decisão sofra influência social e econômica dos supostos envolvidos no crime.

Em 2010, o julgamento chegou a ser suspenso por duas vezes. No primeiro julgamento, marcado inicialmente para o dia 12 de abril, o adiamento ocorreu porque a defesa dos réus apresentou atestado médico. O segundo adiamento ocorreu em maio, por conta da impugnação do tradutor designado para atuar na sessão. O Ministério Público abandonou o julgamento e ele foi suspenso.

A morte do cacique
O cacique foi morto em um acampamento indígena de Juti, em Mato Grosso do Sul, quando tinha 72 anos. Na ocasião, quatro homens armados ameaçaram, espancaram e atiraram em líderes indígenas no local. O cacique foi levado para o hospital com traumatismo craniano, mas não resistiu e morreu.

De acordo com a Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo, dois homens respondem por tentativa de homicídio qualificado, por seis vezes, e o terceiro acusado responde também por homicídio consumado (por motivo torpe e meio cruel). Eles respondem ainda pelos crimes de tortura, sequestro e formação de quadrilha. Um quarto acusado, que está foragido, teve seu processo desmembrado e suspenso.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/02/seis-homens-e-uma-mulher-com…

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