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Seca espanta turistas de prainhas de água doce em SP

FSP, Cotidiano, p. C4
02 de Dez de 2014

Seca espanta turistas de prainhas de água doce em SP

JULIANA COISSI DE SÃO PAULO

A seca que atinge a região Sudeste afeta balneários de água doce formados por rios como o Paraná e o Tietê.

Em Pereira Barreto, município a 623 km da capital paulista banhado pelo Tietê, a prainha Pôr do Sol, que costumava atrair cerca de 2.000 pessoas nos fins de semana, hoje não recebe nem 400, de acordo com a prefeitura.

A praia propriamente dita está quase sem uso. Os pedalinhos estão encostados no barranco de terra.

A água da represa recuou até 200 metros da margem original, segundo a prefeitura. No local que antes era procurado para mergulho restou apenas barro e grama.

"Perdemos a nossa praia. Nunca vi uma seca tão forte", disse a secretária de Turismo, Maria Lúcia Sossoloto.

O turismo de pesca também foi prejudicado. As reservas em hotéis que oferecem barcos caíram à metade, e barqueiros estão sem emprego.

'LAGO PROFUNDO'

Em Ilha Solteira, a 660 km de SP, a placa em um dos balneários no rio Paraná com a mensagem "área proibida para banhistas - local profundo" contrasta com a terra e a grama que cresceu com a seca.

Na praia Catarina, a mais frequentada por banhistas, a visitação caiu 70% nos fins de semana desde setembro.

A água recuou cerca de cem metros, segundo a estimativa da prefeitura da cidade. As boias de segurança, que antes marcavam o limite para mergulho, agora se encontram em terra seca.

Funcionários do balneário e bombeiros orientam os turistas a evitar o mergulho, porque há galhos no fundo do lago que podem prender o banhista, segundo a diretora de Turismo, Osmarli Ueno.

As prainhas em Pereira Barreto e Ilha Solteira foram criadas a partir do represamentos dos rios para a geração de energia elétrica.

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que administra a vazão dos reservatórios, diante da estiagem dos últimos meses foi necessário controlar o fluxo de água.

A medida afeta não apenas o turismo em represas, mas a navegação nos rios.

FSP, 02/12/2014, Cotidiano, p. C4

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/198248-seca-espanta-turistas…

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