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Saúde indígena no Acre é uma das piores do País, diz IBGE

A Tribuna-Rio Branco-AC
27 de Jan de 2005

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um estudo, mostrando que o nível de mortalidade de crianças indígenas no Acre é 20 vezes maior que o indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de três mortes para cada mil nascidos vivos.

Os dados, referentes aos anos de 2001, 2002 e 2003, mostram que para cada mil nascidos vivos 60 acabaram morrendo devido à falta do exame pré-natal, à falta de higiene e a questões culturais.

Para o coordenador-regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Luiz Alberto Fernandes, os números do ano passado podem ser maiores que os dos anos anteriores, devido aos vários escândalos que causaram o bloqueio dos investimentos na área de saúde indígena.

Com a falta dos repasses da União das Nações Indígenas (UNI), as equipes de saúde não foram formadas e somente três grupos, compostos por um enfermeiro e dois auxiliares, trabalharam em 13 municípios devido ao consórcio de prefeituras que possibilitaram os serviços.

De acordo com o coordenador-regional da Funasa, com as dificuldades de acesso e com a falta de recursos, várias etnias não foram atendidas.

Fernandes disse acreditar que todas as deficiências poderiam ser superadas com a formação de mais 13 equipes compostas por médicos, odontólogos, enfermeiros e auxiliares.

"Estamos com uma proposta que será discutida com o presidente da Funasa e os diretores do departamento de ação indígena, em Brasília, que é a retomada da contratação dos agentes indígenas de saúde e dar continuidade à capacitação deles", afirmou o coordenador-regional.

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