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31 de Mai de 2024
Com o trabalho de Janaina, equipe do Ministério da Saúde e parceiros, nenhum óbito ou desaparecimento foi registrado entre indígenas
A Apoiadora Técnica de Gestão à Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Janaína Torres dos Santos (50), atua junto ao Centro de Operações de Emergência (COE-RS) para atender os povos originários diante da catástrofe climática que assola o Rio Grande do Sul.
Cerca de 27 mil indígenas, de diferentes etnias e distribuídos em mais de 150 aldeias, vivem no estado. Com a atuação de Janaína e equipe do Ministério da Saúde e de parceiros, nenhum óbito ou desaparecimento em decorrência da emergência foi registrado entre eles. "Fico muito realizada por poder atender o nosso povo originário", explica. "É uma população muito necessitada, que ainda sofre muito com o racismo e preconceito".
Confiança
Gaúcha de Porto Alegre, assistente social há cerca de 20 anos e apaixonada pela causa dos povos originários, Janaína atua no estado desde 12 de maio. "A primeira semana foi a mais intensa. Nós corríamos muito, saíamos cedo e não tínhamos hora para voltar".
Janaína diz que mesmo ajudando os próprios familiares atingidos pelas chuvas, ela se dedica às ações de assistência à saúde da população indígena em diversos pontos do estado - muitos de difícil acesso. Cruzeiro do Sul, Eldorado e Lajeado foram alguns locais de atuação, coordenando e realizando atendimentos médicos, remoções de pessoas isoladas pelas chuvas e entregas de água e mantimentos.
Junto a outros fatores, ela acredita no sucesso das operações à confiança construída com os membros das aldeias e à sua própria cultura ancestral. "A cultura deles é muito baseada na confiança. Depois que conquistamos essa confiança, eles entendem e aceitam nossa ajuda. Eles são um exemplo de resiliência e união", destaca.
Passado, presente e futuro
Janaína se emociona ao falar dos momentos mais marcantes da missão, mas explica que lutar para preservar o direito dessas pessoas à saúde a motiva a continuar os esforços de assistência, assim como a esperança pelo futuro dos povos originários. "Essa população faz parte das nossas vidas, do nosso passado, da nossa atualidade e, também, do nosso futuro. Hoje vemos jovens indígenas estudando ou já formados em medicina, enfermagem, psicologia, direito e outras áreas, inseridos em nossa sociedade e mantendo viva a sua tradição e identidade", conclui a apoiadora da Sesai.
Daniel Zimmermann
Ministério da Saúde
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