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Roubo de sangue foi feito em 1996

Diário da Amazônia-Porto Velho-RO
26 de Abr de 2005

A advogada do Conselho Indigenista Missionário de Rondônia (Cimi), Maria Cecília Filipini, disse que o caso ocorreu em abril de 1996, quando índios das tribos Karitiana e Suruí retiram a amostras de sangue a pedido da enfermeira Denise da Silva Hallak, que alegou que o material seria analisado com princípios de identificar a existência de doenças, para serem posteriormente tratadas.
Segundo a advogada, a enfermeira teria tido acesso aos indígenas através de um grupo britânico de televisão (Yorkshire Televison), autorizado a entrar na tribo para pesquisar o Mapinguari, para composição de um documentário. Além da equipe, Denise Hallak também esteva acompanha pelo médico Hilton Pereira.
Para Cecília Filipini, essa é uma situação que precisa ser resolvida com urgência, porque a biopirataria não lesa apenas as comunidades tradicionais, mas a todos os brasileiros. "A legislação brasileira precisa ser atualizada. Ela ainda é muito frágil", ressaltou.
A PF está investigando a venda de sangue como tráfico de órgãos humanos. O motivo é que não há no Brasil uma legislação própria para coibir casos de biopirataria.

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