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Autor: Fabio Pellegrini
21 de Abr de 2010
O governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Fundação de Turismo e Imasul, em conjunto com a Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, de Corumbá, promoveram ontem (19), na localidade do Passo do Lontra, uma reunião com empresários e comunidades do Passo do Lontra e do Porto da Manga para tratar assuntos relevantes à Estrada Parque Pantanal.
O objetivo da reunião foi estabelecer uma agenda de trabalho mínima, para que seja criada a APA (Área de Proteção Ambiental) da Estrada Parque Pantanal até o dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. Para que isto ocorra, deverá acontecer ainda em maio uma consulta pública para que se institua a APA da Estrada Parque Pantanal, através de decreto do governador André Puccinelli.
A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma categoria de Unidade de Conservação voltada para a proteção de riquezas naturais que estejam inseridas dentro de um contexto de ocupação humana. O principal objetivo é a conservação de sítios de beleza cênica e a utilização racional dos recursos naturais, colocando em segundo plano a manutenção da diversidade biológica e a preservação dos ecossistemas em seu estado original.
A característica marcante das APAs é a possibilidade de manutenção da propriedade privada e do estilo de vida tradicional da região, onde programas de proteção à vida silvestre podem ser implantados sem haver necessidade de desapropriação de terras.
A Estrada Parque é uma área de especial interesse turístico, e conta com fauna e flora abundantes. Com 120 quilômetros de extensão, compreende a estrada MS-184, que inicia no trecho do entroncamento com a BR-262, passando pelo Passo da Lontra, até a curva do Leque; a MS-228 do trecho que vai da fazenda Alegria até a Base do Morro Grande, (incluindo a faixa marginal de 300 metros de cada lado da estrada) e a MS-228, próxima à cidade de Corumbá-MS, incluindo a respectiva faixa de domínio da estrada.
Essa é quarta reunião realizada pelo grupo e dá sequência aos trabalhos visando também à solução de problemas de infraestrutura e ambientais da comunidade e de empresários do setor turístico local. Em breve deverá ser criado também o conselho gestor da área de proteção ambiental.
Para Leonardo Palma, gerente de unidades de conservação do Imasul, a proposta foi muito bem aceita pela população local, e a transformação pode ocasionar até mesmo a ampliação da área, tornando-a mais protegida por lei, além do que há uma maior possibilidade de atrair investimentos, fato que já vem ocorrendo desde 2008, com apoio do Ministério da Integração Nacional.
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