Câmara dos Deputados - http://www2.camara.leg.br/
Autor: Ralph Machado
20 de Set de 2018
Proposta proíbe e torna crime o uso de cães na caça a javalis
20/09/2018 - 09h39
A Câmara analisa o Projeto de Lei 9980/18, do deputado Ricardo Izar (PP-SP), que pretende proibir e tornar crime o uso de animais na caça. O texto acrescenta dispositivos na Lei de Proteção à Fauna (5.197/67) e na Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98).
Conforme o autor da proposta, em decorrência da proliferação descontrolada de javalis no Brasil, a caça dessa essa espécie exótica, trazida ao País no início dos anos 80, está permitida desde 2013 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ricardo Izar pretende, com o projeto de lei, proibir e criminalizar o uso de cães na caça. "Segundo o Ibama, a caça com o auxílio de cães é permitida apenas na etapa de rastreamento uma vez que, submetido ao confronto, o cão sofrerá maus-tratos", diz. "Contudo, as normas atuais não deixam claro esse entendimento, o que resulta em utilização, injúria, morte ou abandono de cães submetidos ao confronto com javalis", continua o deputado ao justificar a proposta.
"Estudos realizados na Austrália demonstram que cães não são efetivos na caça de javalis, sendo capaz de remover menos de 20% dos animais presentes em uma vara", explica Ricardo Izar. "A efetividade de captura de javalis escondidos por cães experientes é de apenas 27% e pode chegar a 13% caso a vara seja muito grande."
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
PL-9980/2018
Reportagem - Ralph Machado
Edição - Marcia Becker
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/MEIO-AMBIENTE/563460-…
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.