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Projeto de sustentabilidade do Rock in Rio será lançado neste sábado

CB - http://www.correiobraziliense.com.br/
27 de Ago de 2016

Projeto de sustentabilidade do Rock in Rio será lançado neste sábado
O evento conta com show em palco flutuante no Rio Negro, em Manaus

Adriana Izel

A próxima edição do Rock in Rio no Brasil será apenas em meados de setembro de 2017, porém, já na noite de hoje, será anunciada a primeira atração do festival durante a estreia do projeto Amazônia Live Rock in Rio, em Manaus. "Eu quis antecipar algo. Pensei que seria bacana ter uma notícia do Rock in Rio no evento. Já estamos trabalhando no festival. Na verdade, quando acaba um, o trabalho do outro tem início", conta Roberto Medina, empresário e responsável pelo Rock in Rio.
Amazônia Live é mais um projeto de cunho social do Rock in Rio. Dessa vez, o foco será o meio ambiente. De acordo com Medina, a proposta consiste em plantar mais de 1 milhão de árvores nas áreas da cabeceira e da nascente do Rio Xingu, com auxílio da ONG Instituto Socioambiental (ISA). "O meio ambiente é uma questão seríssima. A Amazônia não é um problema apenas do Brasil, mas do mundo. Acho que, como somos um tambor, deveríamos abraçar essa ideia e fazer alguma coisa", explica.

Além do projeto de plantio de árvores, o Amazônia Live Rock in Rio consiste em um concerto sinfônico com Plácido Domingo, Andreas Kisser e Ivete Sangalo em um palco flutuante, que imita uma folha gigantesca, no meio do Rio Negro. A apresentação, que terá presença de apenas 200 convidados, será transmitida, hoje, ao vivo pela internet e pelo canal Multishow. Manaus ainda receberá um show gratuito aberto ao público da cantora Ivete Sangalo. A expectativa é receber mais de 150 mil pessoas. "Será uma forma de comemorar. Esse evento será o pontapé para ficarmos batendo na tecla da preservação do meio ambiente, que também estará no Rock in Rio de setembro, no Rio de Janeiro", explica Roberto Medina.

Formato mundial
Apesar de ter surgido no Rio de Janeiro, o Rock in Rio possui edições nos Estados Unidos, em Portugal, na Espanha e, possivelmente, em breve na Argentina, país que Roberto Medina está em fase de negociação para implantação do festival. "Estamos discutindo com o governo para que ocorra lá também. Estamos em uma fase de planejamento. Se der certo, vai ter sempre Rock in Rio na América do Sul. Um ano lá e outro aqui (no RJ)", completa.

São 31 anos desde o primeiro Rock in Rio e mesmo assim Roberto Medina diz que ainda tem muitos sonhos em relação ao festival, como explorar outros países, aperfeiçoar o formato e se tornar global. "Sou um cara que antes de acabar um estou inventando que posso fazer mais e melhor. Quero expandir esse projeto, trazer debates como esse do meio ambiente. Só o festival por si só já seria o suficiente, por ter música, gerar emprego, ocupar hotéis. Mas acho que a gente pode prestar um serviço bem maior", afirma.

Amazônia Live Rock in Rio
Hoje, às 19h30, no Multishow.

Duas perguntas /Roberto Medina

Hoje em dia, o Brasil já recebe alguns festivais grandes com atrações internacionais. Como foi ser precursor nesse formato?
Um grande show naquela época eram 40 mil pessoas numa praia. A gente mudou tudo: a indústria da música do Brasil, a figura do patrocinador. Naquela época mesmo, a gente entregou uma estrutura que não existe hoje no mundo. Eu sabia que não deveria ser só um lugar de show, eu queria ter um shopping center, vários palcos lá dentro... Ainda hoje não vejo projetos desse tipo lá fora. Acho que é uma capacidade do brasileiro. Se você dá um carnaval para um americano fazer, ele nunca vai conseguir. Fazer festa é um patrimônio do estado e que devia ser mais explorado, principalmente neste clima pós-Olimpíada.

Neste ano, o Rock in Rio lançou uma opção para que o público enviasse sugestões de atrações. Como foi o retorno do público?
Foi impressionante. Foram mais de 50 mil sugestões. De uma forma ou de outra, eu sempre pesquiso, nunca tem a ver só com o meu gosto pessoal. Claro que não consigo contratar todo mundo que as pessoas sugerem, mas eu chego perto. Mas a minha convicção é que as pessoas nunca vão só para ver os shows, mas curtir o dia em família na Cidade do Rock. Festa é uma coisa que, particularmente, o carioca sabe fazer. Se tivessem uma visão de investir nessa vocação, seria um estado rico

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