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Projeto ataca trafico de animais na mata atlantica

OESP, Vida, p.A20
10 de Dez de 2004

Projeto ataca tráfico de animais na mata atlântica
Márcia Colla
A coordenadora de projetos da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), Ângela Maria Branco, lançou ontem, em Iguape, o programa União pela Fauna da Mata Atlântica. Desenvolvido pela Renctas e Fundação SOS Mata Atlântica, o programa foi anunciado durante o 1o Seminário Ações de Combate ao Comércio Ilegal de Animais Silvestres na Mata Atlântica.
O projeto, pioneiro no País, começa a ser desenvolvido em dois corredores nacionais: no central, que compreende os Estados do Espírito Santo e Bahia, e na Serra do Mar, que envolve os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Com prazo de dois anos para ser concluído, ele compreende a articulação entre os setores envolvidos na conservação e fiscalização da Mata Atlântica. "Queremos chegar a um diagnóstico que permita a adoção de medidas de controle e combate ao comércio ilegal de animais", disse Ângela Branco.
Segundo ela, apesar de ser um bioma bastante fragilizado, pouco se sabe sobre a situação real do tráfico de animais. "Também há o agravante de São Paulo e Rio de Janeiro serem grandes mercados consumidores de animais silvestres", explicou. Segundo o diretor institucional da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, a fauna da mata está "num limite perigosíssimo" porque está fragmentada, dividida em pequenas manchas.
Para o chefe de fiscalização do Parque Estadual de Jacupiranga, Cláudio Sales, a união de todos os setores envolvidos na fiscalização é vital para se conter o tráfico de animais. Segundo ele, um papagaio de peito roxo, espécie ameaçada de extinção, chega a ser vendido por U$ 20 mil por traficantes.

OESP, 10/12/2004, p. A20

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