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Autor: Danielle Jordan
06 de Ago de 2010
Desenvolvimento sustentável, um conceito amplo, mas que pode gerar pequenas atitudes como a do professor James Alberto dos Santos Ribeiro, da escola municipal Antônio Moraes, localizada no bairro Terra Nova, na zona norte de Manaus (AM).
O conceito mais usado, segundo o Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas, diz: "desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais".
Na escola municipal Antônio Moraes, os alunos estão aprendendo que com o uso racional da água da chuva, as famílias podem reduzir em até 60% os gastos orçamentários.
O professor James Alberto dos Santos Ribeiro, responsável pelo projeto "Chuva é dinheiro: impactos financeiros do desperdício da água da chuva na renda das famílias residentes no bairro Terra Nova II", sugere a instalação de uma estação automática de captação de informação climatológica no bairro Terra Nova. Com a estação, será possível saber com antecedência a ocorrência das chuvas e a velocidade do vento.
O projeto, que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por meio do Programa Ciência na Escola (PCE), pretende beneficiar 80 famílias carentes.
Em uma etapa anterior ao planejamento do projeto, o professor elaborou um levantamento com a comunidade, incluindo questionamentos sobre o nível pluviométrico, vegetação existente no local antes e depois da invasão, temperatura ambiente da água do igarapé do Passarinho, entre outros.
A proposta se consolidou depois da finalização do projeto "Experiência e Conscientização", realizado em 2009, com as experiências de iniciação científica da escola e da iniciativa de construção de um reservatório de água na casa do professor, com capacidade para mil litros.
O sistema permitiu uma redução de 60% no orçamento familiar durante o período chuvoso, de acordo com o professor, e de 40% no período seco. A água armazenada é utilizada nos vasos sanitários, irrigação de plantas, lavagem de calçadas e de carros. O resultado alcançado foi apresentado à Secretaria Municipal de Educação (Semed), que aprovou a proposta.
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