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Preservação, ciência e lazer em 115 anos de Parque

Agência Museu Goeldi - www.museu-goeldi.br
11 de Ago de 2010

Seja pela beleza, pelas informações, pela paz ou pelo oxigênio, uma visita ao Parque do Goeldi é sempre um prazer. Os mais de cinco hectares do Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi abrigam exemplares da fauna e flora amazônicas, monumentos em homenagem a personagens da ciência na região, espécies ameaçadas de extinção e exposições de acervos científicos da instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia. E é este lugar, tão diverso e presente na vida dos paraenses, que completa 115 anos.

A programação para comemorar essa data passa pelas áreas de pesquisa da instituição e busca incentivar a leitura, melhorar as habilidades manuais, mostrar ao público do Parque um pouco da cultura dos povos amazônicos, mas, principalmente, educar e conscientizar as pessoas sobre demandas da região amazônica.

"As pessoas não vem ao Parque só para ver a fauna e a flora, para ter o seu lazer, mas vem também em busca de conhecimento e educação", afirma o pesquisador do Museu Goeldi, Antonio Lobo Soares, que realizou estudo sobre a acústica do local. "As pessoas vêm muito pelas exposições, assim como há muitos grupos escolares que visitam o Parque querendo mais conhecimento da região. Esse é o diferencial do PZB", completa.

Dessa forma, o Museu Goeldi conseguiu unir em um local a pesquisa e o ensino, mostrando na prática o que as pesquisas revelam e incentivando essa busca por conhecimento em seus visitantes e grupos escolares da cidade. "É um laboratório vivo uma sala de visitada da pesquisa da instituição", diz o veterinário do Parque, Messias Costa. E exemplo dessa união, são os temas de pesquisa que são dinamizados pelo Serviço de Educação (SEC) por meio de cartilhas, oficinas ou cursos.

Povos da Amazônia - Durante a semana de comemoração dos 115 anos do PZB, que abre neste domingo, dia 15, o SEC tratará com o público infanto-juvenil a temática dos povos indígenas da região - assunto muito estudado pelos pesquisadores da instituição. Com a finalidade de difundir o conhecimento indígena, a oficina "Carimbos Indígenas da Amazônia" ensina estudantes da mesma faixa etária a técnica de confecção de carimbos de índios da Amazônia. Essa programação será nos dias 25, 26 e 27, das 8h30 às 11h30.

Já a oficina "Pintura em tecidos: releitura da Cultura Kaiapó" se utilizará da Exposição Kayapó - montada no prédio da Rocinha - para dar inspiração e, depois, exemplificar na pintura em tecido alguns costumes desse povo. A oficina é voltada para alunos de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental II, e acontece nos dias 16, 17 e 18, de 14h às 17h.

Grande festa - Mas a grande comemoração é mesmo no dia 15 de agosto (domingo). O Parque estará cheio de programação para o seu público visitante com direito à música clássica, às 11h, no auditório "Alexandre Rodrigues Ferreira", com o Duo Milewski, formado pelo violinista polonês Jerzy Milewski e pela pianista brasileira Aleida Schweitzer.

Da agenda de festa está um Atelier de Pintura que mostrará aos interessados as técnicas de pintura com desenhos inspirados no aniversariante, como a Rocinha e os animais do Parque.

Para incentivar a leitura e a busca por conhecimento, o sempre presente Carro da Leitura trará livros, cartilhas e jogos educativos para serem dinamizados na manhã festiva. Já as crianças que quiserem uma "lembrança" do dia, poderão procurar os monitores do Parque para que eles pintem a pegada da onça, logomarca do Parque, nos seus rostos.

Os animais do Parque são outro tema na programação. Com a oficina "Marcador de livros", as crianças são convidadas a confeccionar seus marcadores de livros decorados com motivos inspirados na fauna do PZB. "Os animais são um grande atrativo para os visitantes", Messias Costa. "Mas a parte botânica tem um peso quase igual ao da fauna, e isso é um diferencial que faz as pessoas buscarem este local - seja em busca de conhecimento ou de tranqüilidade", lembra.

Antigo e novo que se mesclam - Tombado como Patrimônio Histórico Nacional e Estadual, o Parque Zoobotânico foi criado em 1895 pelo naturalista suíço, Emílio Goeldi. Possui cerca de duas mil espécies vegetais e mil representantes de animais amazônicos. Dentre as espécies botânicas do espaço, destacam-se as árvores de grande porte, como a samaumeira e o ipê, mas também as espécies ameaçadas de extinção, como o mogno.

Já da fauna se destacam as espécies em extinção, como a arara-azul, a onça e a ariranha, além dos muito conhecidos e procurados jacaré-açú e os macacos. Mas a fauna livre também uma grande atrativo para os visitantes e um diferencial do Parque. Nele, cotias, garças, guarás, preguiças, além dos iguanas que convivem livremente com os visitantes.

Com mais de um século de existência, o Parque do Museu Goeldi está sendo revitalizado. A proposta prevê a busca por uma contínua integração que valorize relações entre os seres vivos, com espaços maiores para os animais em seu contato com a vegetação. Nessa ação de revitalização da área verde do Museu Goeldi haverá não só a valorização da fauna e da flora do Parque, mas a dos prédios e monumentos históricos.

No Parque, estão localizadas a Diretoria do Museu Goeldi, as Coordenações de Comunicação e Extensão, Administração, Museologia, assim como a Assessoria de Comunicação Social, a Editora e o Espaço Ernst Lhose - Livraria e Café.

http://www.museu-goeldi.br/sobre/NOTICIAS/2010/agosto/11_08_2010a.html

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