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Povo Terena recebe ameaças de incêndio no Acampamento Mãe Terra

CIMI-MS
13 de Jun de 2007

Os Terena que vivem no Acampamento Mãe Terra, na terra indígena Cachoeirinha, na região de Miranda, Mato Grosso do Sul, vêm recebendo ameaças de que suas casas, aldeias e roças serão queimadas. As ameaças chegam através de telefonemas, segundo informações de lideranças da região.

O temor pelas ameaças é reforçado pelo fato de já ter havido um episódio em que as ameaças foram concretizadas. Em 2006, um pasto foi incendiado de forma criminosa.

As lideranças relacionam as ameaças com a demora para a demarcação da terra. "Ocupamos parte da terra reivindicada para cobrar do governo que agilize a demarcação física e homologação da terra. Enquanto demora, a gente recebe várias ameaças", afirmou nesta quarta-feira um Terena que está em Brasília, onde veio tentar reunião com o presidente da Funai, Marcio Meira.

A Terra Cachoeirinha teve sua Portaria Declaratória publicada pelo Ministério da Justiça em abril deste ano. Agora, cabe à Funai encaminhar a colocação dos marcos que delimitam a terra indígena. "Quanto mais demora, os fazendeiros vão tirando madeira, cascalho, tudo o que tem na terra. Por isso a demarcação é urgente", afirmam.

O Acampamento Mãe Terra existe desde novembro de 2005. Os indígenas acampados retomaram parte da terra Cachoeirinha. Cerca de 700 pessoas, agrupadas em 86 famílias, vivem hoje em 3600 hectares, de um total de 36 mil hectares identificados sob o nome de terra Cachoeirinha.

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