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Povo Awá-Guajá sofre com o desmatamento

Coiab - http://www.coiab.com.br/
15 de Fev de 2011

A Ong Survival, divulgou na segunda feira (14) um relatório da FUNAI feito em agosto do ano passado, que revela a destruição da Amazônia Maranhense, aonde mais de 30% de território indígena é devastado por madeireiros e criadores de gado, ocasionando uma grande tragédia ao povo Awá Guajá que tem parte de sua população vivendo de forma autônoma e livre nas matas daquele Estado, dependendo única e exclusivamente dos recursos naturais para a sua sobrevivência.

A população Awá-Guajá é de aproximadamente 400 indivíduos, incluindo os que vivem sem contato com a sociedade nacional. O povo vive nas Terras Indígenas Awá, Caru e Alto Turiaçu. Há relatos sobre a presença de grupos isolados transitando também na Terra Indígena Araribóia - território tradicional do povo Guajajara - na Reserva Biológica do Gurupi, na Terra Indígena Krikati, na Serra do Cipó, no Alto Guamá, na Serra da Desordem, Jararaca e Bandeira.

Esse povo está sendo massacrado por conta da atividade madeireira no estado do Maranhão que é o primeiro no ranking do desmatamento na região. A falta de fiscalização das autoridades, a omissão e até mesmo a conivência de gestores públicos, atrelados à indústria madeireira e ao agronegócio em geral, permite que 90% da madeira que abastece o mercado consumidor, seja oriundo de Terras Indígenas e áreas de conservação.

De acordo com Sonia Guajajara, vice coordenadora da COIAB, é importante que seja feito uma campanha conjunta de combate ao desmatamento na região. É preciso denunciar todos os envolvidos que são beneficiados com o desmatamento. "Para nós, povos indígenas, esta é uma situação alarmante. Estamos muito preocupados com o avanço do desmatamento na Amazônia. A pecuária dos grandes latifundiários, a soja dos estrangeiros, o eucalipto das siderúrgicas, são grandes males que vem castigando o Maranhão e os povos indígenas. Os grandes projetos como a construção de rodovias e o Projeto Carajás são os responsáveis pelo genocídio praticado contra o povo Awá-Guajá", revela a guerreira.

A liderança maranhense explica que essa ânsia pelo dinheiro, pelo progresso desvairado sem consciência à necessidade de termos a floresta viva, de pé, é um reflexo da tirania dos governos dos coronéis que há anos empobrece o povo maranhense.

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