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Pós-abalos ainda podem ocorrer no Sul e Sudeste

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23 de Abr de 2008

As regiões Sul e Sudeste do País podem passar por novos abalos sísmicos, como os registrados na noite de ontem. A avaliação é do coordenador do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), professor Lucas Vieira Barros. São os chamados pós-abalos, que geralmente ocorrem depois de um tremor de terra.

"Os abalos são fenômenos cíclicos em que há possibilidade de a região estar vivendo um momento de grande liberação de energia. Apesar de o Brasil não registrar grandes danos por conta de tremores, novos fenômenos como esse podem voltar a ocorrer. Mas, após um abalo da magnitude do registrado na terça-feira, os tremores seguintes costumam ter menor intensidade", afirma o coordenador do Observatório, professor Lucas Vieira Barros.

Ontem, moradores de pelo menos quatro estados brasileiros - Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina - sentiram a terra tremer. O abalo sísmico ocorreu por volta das 21h, a cerca de 270 quilômetros do litoral paulista. Dados do Observatório da UnB apontam que o tremor atingiu 5,2 graus na escala Richter.

Histórico - Apesar de não ser tão comum em solo brasileiro, nos últimos dez anos o Observatório Sismológico da UnB registrou 400 sismos com magnitude igual ou superior a 3.0 na escala Richter (que quantifica o tamanho do abalo a partir da energia liberada). Nos últimos anos, a terra tremeu com maior freqüência em João Câmara (RN), Cascavel e Pacajus (CE), Porto dos Gaúchos (MT), Caruaru (PE), Pedro Leopoldo, Betim e Igaratinga (MG).

No Brasil, os tremores de terra só começaram a ser detectados com precisão a partir de 1968, quando foi instalada uma rede mundial de sismologia. Brasília, mais precisamente o Parque Nacional (Água Mineral), foi escolhida para sediar o arranjo sismográfico da América do Sul. Os sismos acontecem porque a camada mais externa da Terra, a litosfera, formada pelos primeiros 100 quilômetros de profundidade, é rígida e quebrada em diversos pedaços (placas tectônicas) que não estão parados, mas se movimentando uns em relação aos outros.

Nos pontos onde estas placas se tocam ou se roçam ocorrem os maiores e mais freqüentes tremores. A causa desse movimento é a existência de forças geológicas no interior da Terra, cuja origem não é ainda bem conhecida e determinada.

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