Porto Velho: Sema inicia fiscalização na margem esquerda do rio Madeira para proteger biodiversidade da área

A secretaria municipal de Meio Ambiente - Sema, iniciou na quarta-feira(11), pela manhã, vistoria, com vistas à elaboração de um relatório, sobre as invasões e loteamentos clandestinos, consequentemente ilegais, nas terras da margem esquerda do rio Madeira, numa área de 18 km ao longo da BR 319, o que vem causando intensa degradação do meio ambiente. Na operação a Sema conta com apoio da Polícia Militar Ambiental e da secretaria municipal de Planejamento - Sempla, por meio do seu Departamento de Gestão Agrária - DGU. "Primeiro faremos uma ampla vistoria de toda área, levantando todos os problemas encontrados de ilegalidades, tanto quanto a questão fundiária quanto ambiental. Para então agirmos, com os instrumentos necessários, para coibir essas ações ilegais e assim proteger a população da compra de terras ilegais, e também, proteger nosso meio ambiente", disse o chefe de Fiscalização Ambiental da Sema, Silvio Luiz Santos Lins.

Com a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau ocorreram várias mudanças no município de Porto Velho, ou propriamente na cidade de Porto Velho. Uma dessas mudanças, causada também pela construção da ponte, foi a ocupação, uma expansão urbana da cidade, na margem esquerda do rio Madeira. Nessa corrida pela ocupação da margem esquerda do rio Madeira surgiram dois grandes problemas: a especulação imobiliária com loteamentos clandestinos e invasões e a degradação do meio ambiente. É com o foco em coibir essas ações que a Sema começou o trabalho de vistoria da área, a partir de um levantamento feito pelo departamento de Gestão Agrária - DGU da Sempla e por recomendação do Ministério Público Estadual. "Na margem esquerda do rio Madeira vem acontecendo uma verdadeira especulação por loteamentos de terra que estão sendo instalados lá. Muitas pessoas estão sendo enganadas comprando terra ilegal e desmatando, provocando a devastação da área. Muitas áreas estão sendo desmatadas de forma irregular e cabe, a nós, da Sema, coibir essas ações e fazer a proteção ambiental da margem esquerda do rio Madeira", disse o secretário municipal do Meio Ambiente, Edjales Benício de Brito.

O secretário lembrou que existe também a Área de Proteção Permanente (APP) do rio Madeira, que é uma área de proteção de 500 metros, a partir da margem do rio. "Se você observar as imagens de satélite, vai ver que é no baixo e médio Madeira onde estão as áreas mais preservadas da nossa cidade. A nossa estratégia é conter essa especulação, em função até da construção da ponte, que levou a se ter uma verdadeira cobiça pelas terras da margem esquerda do rio Madeira, sem ter necessidade. Portanto a Sema está fazendo o seu papel que é proteger a nossa biodiversidade".

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