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PF tem suspeito do crime

CB, Brasil, p. 6
28 de Dez de 2005

PF tem suspeito do crime

As três equipes da Polícia Federal enviadas para João Antonio (MS), a 300km de Campo Grande, para apurar a morte do líder guarani- caiouá Dorvalino Rocha identificaram um suspeito do crime. Rocha foi morto no sábado, dias após os índios guaranis caiouás terem sido desalojados da reserva por ordem judicial.
O secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que esteve ontem onde o índio foi assassinado, espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a liminar do ministro Nelson Jobim, que suspendeu a homologação da área Nhande Ru Marangatu, no Mato Grosso do Sul.
Ontem, os agentes colheram o depoimento de alguns seguranças contratados pelos fazendeiros da região. Ele disseram o nome de um colega que teria sido o responsável pelo assassinato. A Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul esperava ouvir ainda ontem o suspeito do crime. Mas, até o início da noite, o interrogatório ainda não tinha ocorrido.
Segundo Vannuchi, os índios estão satisfeitos com a atuação da PF na investigação. O secretário pretende cobrar do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) as medidas judiciais necessárias para que o STF reconheça que os índios detêm a posse da terra. Ele ressaltou que as terras foram homologadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vannuchi quer ainda que sejam adotadas medidas emergenciais como o fornecimento de remédios e alimentação para os índios, que há 13 dias estão acampados à beira de uma estrada de terra próxima a João Antônio.

CB, 28/12/2005, Brasil, p. 6

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