GM, Gazeta do Brasil, p.B13
05 de Set de 2005
Petrobras vai produzir biodiesel na BA
A Petrobras e o governo da Bahia se unem para o desenvolvimento do biodiesel no estado. Nesta segunda-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e o governador do estado da Bahia, Paulo Souto, assinam protocolo de intenções que visa garantir o suprimento de plantas oleaginosas (mamona, dendê etc) para a produção de biodiesel na Bahia. O objetivo é realizar estudos de viabilidade técnica e econômica para implantar o programa, que prevê a instalação de unidades industriais no semi-árido e região do Baixo-Sul do estado.
A iniciativa conjunta pretende estimular a pesquisa agropecuária, o desenvolvimento industrial e a produção de culturas oleaginosas, melhorando o padrão de vida dos pequenos produtores baianos. A Petrobras já colhe os frutos da implantação de uma usina piloto de biodiesel no Rio Grande do Norte. Pelas projeções da Petrobras, a usina-piloto, localizada no Campo de Estreito, nas proximidades de Guamaré e Upanema (RN), vai processar 10 toneladas/dia de mamona, produzindo seis mil litros de biodiesel por dia.
Estudos realizados pela empresa indicam que a produção de biodiesel vai proporcionar aos agricultores no semi-árido nordestino uma renda mensal de R$300 por pessoa, a partir do cultivo da mamona, castanha de caju ou qualquer outra oleaginosa. São várias as oportunidades de trabalho e renda oferecidas pelo programa.
Segundo o coordenador regional de comunicação da Petrobras, Rosemberg Pinto, há vantagens econômicas e ambientais. "O Brasil deixaria de gastar US$ 3 bilhões anualmente com a importação do diesel, além disso o biodiesel não provoca chuva ácida, efeito estufa e não tem tóxicos", diz.
Para o governador Paulo Souto, a produção de biodiesel vai gerar emprego em áreas de baixa produtividade agrícola e de extrema pobreza, como o semi-árido, que ocupa grande área do território baiano. "Nessa região há uma grande produção de uma oleaginosa, como a mamona, que dá no semi-árido sem maiores problemas. Não é preciso ter uma tecnologia sofisticada de irrigação para produzir mamona no semi-árido". GM, 05/09/2005, p. B13
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.