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Pesquisa na Amazônia revela novas espécies de bromélias e orquídeas

Amazônia - http://www.amazonia.org.br
30 de Mar de 2011

A STCP Engenharia de Projetos comemora seus 30 anos executando um dos únicos projetos no país que promove o resgate e a reintrodução de bromélias e orquídeas na Amazônia. Um dos resultados obtidos com a pesquisa é a descoberta de pelo menos cinco novas espécies nessa região, que estão em processo de descrição. O trabalho vem sendo realizado desde 2009 e é financiado pela empresa Mineração Rio do Norte S/A, que explora minério de bauxita, no município de Oriximiná, no estado do Pará. Para a STCP, a descoberta dessas novas espécies é considerada um presente pelas três décadas de pesquisa e projetos realizados em todo o país e no exterior.

Essa contribuição à ciência é prevista no próprio processo de licenciamento ambiental promovido pelo Ibama como forma de compensação aos impactos decorrentes de atividades produtivas. De acordo com o engenheiro ambiental da STCP, Ramon Gomes, o setor privado que opera na Amazônia é responsável pela geração de muitas informações científicas. "Como não existem mais as grandes expedições cientificas financiadas pelo poder público, são os empreendimentos privados que, através de seus processos de licenciamento ambiental coletam informações e constroem um acervo que é referência internacional", afirma o engenheiro.

O trabalho é coordenado pelo pesquisador João Batista Fernandes da Silva, botânico naturalista, especialista na família Orchidaceae, em uma área de 10.000 hectares, onde é realizada a exploração do minério de bauxita. As atividades consistem em ir ao local antes do início da exploração do minério, identificar a vegetação que sofrerá o impacto, resgatar as epífitas e reintroduzi-las em locais que estão em processo de recuperação ambiental. Quando os exemplares resgatados não apresentam boas condições fitossanitárias são transportados para aclimatação em um orquidário para posterior reintrodução.

Segundo o engenheiro ambiental da STCP, a preservação das espécies epífitas é fundamental, pois o epifitismo é responsável por parte significativa da diversidade que faz das florestas tropicais úmidas um dos mais complexos ecossistemas da biosfera. "A capacidade das florestas tropicais em sustentar um grande número de animais pode ser atribuída ao substrato provido pelas epífitas e por sua significativa capacidade de retenção de nutrientes da chuva, neblina e partículas em suspensão", explica.

A execução do programa de resgate e reintrodução de epífitas realizada sob o gerenciamento da STCP também resultou em um banco genético de conservação de espécies de orquídeas e bromélias da região oeste do Pará, que está sendo mantido junto à Universidade de Viçosa. De acordo com Gomes, o aprofundamento do conhecimento e a promoção da conservação do material genético dessas espécies são de fundamental importância para a otimização de programas futuros de recuperação de áreas degradadas, conservação in e ex situ da flora e de investigações científicas.

Na opinião do engenheiro ambiental, a presença do setor privado na Amazônia tem se tornado primordial para a conservação dos recursos naturais da região. "Toda essa pesquisa resultou em uma mudança de paradigma, já que melhoramos o processo de recuperação e preservação, empregando metodologias mais eficientes para o processo de restauração ambiental. Hoje se sabe, por exemplo, que uma planta epífita pode ser reintroduzida a uma altura de três metros, contra os 10 metros usados anteriormente nos ambientes amazônicos. Assim, é possível acelerar o processo de recuperação de uma área, porque podemos fazer a reintrodução dessas espécies em florestas que estão em processo de recuperação, onde as árvores que funcionam como hospedeiras das epífitas, são jovens e estão em desenvolvimento", afirma. Além disso, o engenheiro ressalta que as exigências nos procedimentos de licenciamento ambiental promovidas pelo Ibama e órgãos ambientais estaduais promovem e multiplicam as possibilidades, não somente da recuperação ambiental, mas principalmente, a ampliação da descoberta de novas e importantes espécies da biodiversidade nacional.

STCP

A STCP é hoje a empresa líder na América Latina nas atividades de consultoria, engenharia e gerenciamento para diferentes negócios nas esferas pública e privada. Possui uma equipe permanente de mais de 350 funcionários e tem capacidade de mobilizar cerca de 100 consultores externos, dependendo das necessidades dos clientes. Atualmente as ações e projetos desenvolvidos pela STCP relacionados com a conservação ambiental na Amazônia têm contribuído para melhorar de forma significativa, não somente a recuperação ambiental de áreas de empreendimentos, mas também como utilizar os recursos naturais daquela região de forma sustentável.

Com 30 anos de história, a empresa se especializou em encontrar soluções inteligentes para empreendimentos em diversos segmentos do setor de base florestal, mineração, meio ambiente, agronegócio, engenharia e infraestrutura. O histórico da empresa já registra mais de 2800 projetos e estudos desenvolvidos para clientes de 37 países das Américas, África, Europa, Ásia e Oceania.

Mineradora Rio do Norte

A Mineração Rio do Norte (MRN) é uma das maiores produtoras de minério de bauxita do mundo. Localizada no complexo minero-industrial de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, oeste do estado do Pará, a empresa gera aproximadamente 3.300 vagas de empregos. Essas atividades produtivas são todas licenciadas pelo IBAMA e, atualmente, é a empresa que apresenta e desenvolve as ações mais efetivas para a adequada conservação ambiental em áreas de mineração de bauxita, sendo inclusive, exemplo para outras regiões do Brasil.

As operações da MRN consistem na extração da bauxita, beneficiamento, transporte ferroviário, secagem e embarque de navios. As atividades de lavra são desenvolvidas em três minas, distantes aproximadamente 30 quilômetros ao sul da vila de Porto Trombetas.

Para se chegar até a camada de bauxita é necessário retirar outros quatro componentes que ficam acima da camada de bauxita comercializada. Primeiro, retira-se o solo orgânico, que será utilizado novamente no processo de reflorestamento. Depois, são retiradas as camadas de argila e bauxita nodular, inviável de ser comercializada por conter alto teor de sílica.

O processo de recuperação das áreas desmatadas para a lavra da bauxita é realizado anualmente, de forma regular. Nessas áreas, o reflorestamento é feito após o fechamento das minas para que o local seja devolvido à natureza como foi encontrado. O plantio das mudas acontece de janeiro a junho, utilizando espécies nativas. O horto florestal da empresa produz cerca de meio milhão de mudas. A MRN mantém a certificação segundo o conjunto de normas ISO 14.001, desde dezembro de 2001.

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=381240

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