Novo Ambiente, n. 13, jun. 2011, p. 13
30 de Jun de 2011
Pesquisa aponta que 85% da população prefere a proteção da floresta à expansão da agricultura
Aprovada no dia 24 de maio pela Câmara dos Deputados, a reforma do Código Florestal foi tema de pesquisa do Instituto Datafolha entre os dias 3 e 7 de junho de 2011, encomendada pelas organizações Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Imaflora, Imazon, Instituto Socioambiental, SOS Mata Atlântica e WWF-Brasil. Para obter o nível de conhecimento e a opinião da população sobre o assunto, foram feitas 1.286 entrevistas por telefone em todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Na pergunta básica e introdutiva, 85% dos entrevistados declararam concordar que se dê prioridade para a proteção das florestas (mesmo que isso limite a produção agropecuária) em vez de prioridade para a produção (mesmo que limite a proteção das florestas).
As mudanças no Código Florestal aprovadas pelos deputados federais são conhecidas pela maioria (62%) da população brasileira adulta possuidora de telefone fixo. Apenas 6%, porém, dizem estar bem informados sobre o assunto, enquanto 41% afirmam estar mais ou menos informados e 15%, mal informados. Uma fatia maior de homens (68%) do que de mulheres (56%) diz ter conhecimento sobre o assunto. O mesmo acontece com os mais velhos: 76% dos maiores de 50 anos conhecem as mudanças no Código Florestal, fatia que vai a 70% para quem tem de 40 a 49 anos, 61% para quem tem de 30 a 39 anos, e 46% para os mais jovens, de 16 a 29 anos.
Entre os brasileiros que cursaram até o ensino superior, 78% estão cientes das alterações promovidas pelos deputados. Desse total, 52% dizem estar mais ou menos informados sobre o assunto. Para aqueles que cursaram até o ensino médio ou fundamental, os índices de conhecimento ficam abaixo da média (55% e 58%, respectivamente).
Uma fatia maior de moradores de áreas urbanas (63%), em comparação aos das áreas rurais (47%), conhece as mudanças no Código Florestal. No Sul, o assunto é conhecido por 68%, ante 66% no Norte e Centro-Oeste, 61% no Sudeste e 58% no Nordeste.
Novo Ambiente, n. 13, jun. 2011, p. 13
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