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Pedido de licença para usinas

CB, Economia, p. 13
02 de Mai de 2007

Pedido de licença para usinas

Ernesto Batista
Da equipe de O Imparcial

A estatal Centrais Elétricas do Vale do São Francisco (Chesf) encaminhou documentos com pedidos de licenciamento para construir cinco usinas hidrelétricas no Rio Parnaíba, na divisa do Maranhão com o Piauí. A previsão é um investimento de R$ 2,8 bilhões até 2012 para gerar 430 megawatts.

O pedido foi feito em conjunto com outras duas empresas: a Construtora Queiroz Galvão S.A e Cnec Engenharia S.A e os documentos encaminhados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Com essas cinco hidrelétricas, o volume de recursos previstos para infra-estrutura no Maranhão até 2012 sobe dos R$ 5,8 bilhões, como foi dimensionado no começo do ano, para R$ 8,6 bilhões e o segmento de geração de energia elétrica será o que mais receberá investimentos dentro do setor de infra-estrutura.

Ao todo a previsão é que se invista R$ 6,7 bilhões para geração de energia elétrica no estado. O valor é resultado da soma do investimento na Usina Hidrelétrica de Estreito, orçada em R$ 3,5 bilhões e que já está em andamento, na usina termoelétrica de São Luís, orçada em R$ 450 milhões, e a aplicação do consórcio liderado pela Chesf. Isso é mais do dobro do que será investido nos outros segmentos do setor de infra-estrutura no mesmo período. Juntos os segmentos rodoviário, ferroviário, portuário, saneamento básico e habitação significam a aplicação de R$ 3,5 bilhões.

O governador do Maranhão, Jackson Lago, comentou que as cinco hidrelétricas ajudarão o país a afastar o perigo do apagão no país. "O Maranhão não precisa dessa energia elétrica. Já temos o que precisamos, mas o importante é que o fornecimento de energia para o país fica garantido pelos próximos anos", analisou.

Estudo custa R$ 2,8 bilhões

Os estudos do consórcio para o investimento em cada uma destas unidades estão estimados entre R$ 430 milhões e R$ 780 milhões e juntos somam R$ 2,8 bilhões. Os ambientais (EIAs/Rimas) das cinco hidrelétricas foram entregues para análise do Ibama em 6 de março. Já os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental foram entregues à Aneel em datas diferentes: em 27 de dezembro do ano passado, os referentes aos projetos de Ribeiro Gonçalves, Uruçuí e Estreito, e em 8 de março deste ano, os de Cachoeira e Castelhano.

De acordo com o Superintendente de Projeto e Construção de Geração da Chesf, José Sebastião Lins, o fato de ter dado entrada nos estudos não significa que será o consórcio que vai construir as usinas hidrelétricas. "A legislação vigente referente ao novo modelo do Setor Elétrico Nacional estabelece que a concessão para a implantação de novas usinas hidrelétricas seja disputada em leilão público, sendo ganhador a empresa ou grupo que ofertar a energia produzida pelo menor preço.", disse. Lins garantiu que a Chesf tem a intenção de participar dos leilões de concessão dessas usinas.

CB, 02/05/2007, Economia, p. 13

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