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05 de Ago de 2013
Em duas semanas de operação, 19 serrarias próximas à Reserva Biológica do Gurupi (Rebio) foram fechadas. A reserva fica nas imediações de Buriticupu, a 400km de São Luís.
A operação constatou diversos crimes no local. "Vai desde a extração de madeira até desmatamento para plantio de alimentos e entorpecentes", afirmou Evane Alves, chefe da Rebio . Cerca de 2mil m³ de tora e 762 m³ de madeira serrada foram apreendidos. Quantidade que dá pra encher 125 caminhões com toras de madeira e 33 com madeira serrada.
Foram 41 serrarias fiscalizadas. Das 19 fechadas, 13 tiveram equipamentos apreendidos. O total de multas passa de R$ 1milhao.
A ação foi comandada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos), com o apoio de 700 homens do Exército, além de da Funai (Fundação Nacional do Índio) e Instituto Chico Mendes.
Segundo a coordenadora da operação, a madeira apreendida já tem destino. "Ela vai se depositada e depois doada", contou Taíse Verão.
Diálogos
A diferença desta ação em relação às demais é que, pela primeira vez, houve uma tentativa de diálogo com os madeireiros. "As operações geralmente não apresentam uma solução, e a repressão pura e exclusiva não adianta", afirmou Almério Diniz, comandante da operação.
Os madeireiros reclamam da demora para concessão de licença para funcionamento das serrarias "Desde 2011 dei entrada num processo na Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente). Comecei a correr atrás e até hoje não consigo", queixou-se Emir Cerlso Lima.
Um projeto de readequação da reserva biológica foi apresentado e dividiu opiniões.
"Ele prevê a redução de limites [da Rebio] de 341.650mil hectares para 145mil hec, que é onde realmente há região da Floresta amazônica. Só estamos reivindicando o que é nosso de direito. Queremos, sim, a preservação, mas também queremos a produção rural, o desenvolvimento de nosso país", afirmou o técnico agropecuário Gregory Bandeira
Os integrantes do Instituto Chico Mendes discordam e não reconhecem o projeto, assim como o chefe da Rebio. "Lá é o único remanescente de Floresta Amazônica no Maranhão. Se for fazer esse tipo de coisa, se perde muito", argumentou Evane Mendes.
O prefeito de Buriticupu, José Gomes, disse que o fechamento das serrarias no município afeta diretamente a economia local. "Não é só o dono, [é um questão que] envolve várias pessoas que ali trabalham. O que queremos é a legalização dessa situação, uma velocidade maior na liberação desses projetos", defendeu.
http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/08/operacao-do-ibama-fecha…
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