VOLTAR

Onda de violência continua fazendo vítimas em reserva indígena

CORREIO DO ESTADO
Autor: Fábio Dorta
11 de Jun de 2007

A onda de violência continua crescendo na Reserva Indígena de Dourados. Mais duas tentativas de assassinato contra adolescentes foram registradas pela polícia no final de semana nas aldeias Bororo e Jaguapiru. As vítimas foram internadas em estado grave no Hospital Evangélico.

A primeira ocorrência do final de semana foi registrada por volta das 16h de sábado na Aldeia Jaguapiru. De acordo com a ocorrência registrada no plantão do 1o Distrito Policial, um adolescente de 16 anos de idade chegava em casa quando foi abordado por um homem identificado apenas como "Parô", que deu um golpe de faca contra o peito do menor. O autor do crime fugiu. O menor foi socorrido por uma equipe da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e encaminhado para o pronto-socorro do Evangélico, onde permanece internado e seu estado de saúde inspira cuidados.

Outra tentativa de homicídio ocorreu ontem, por volta das 3h da madrugada na Aldeia Bororo, a mais violenta da Reserva Indígena. Um menor de 16 anos de idade voltava para casa quando, nas proximidades da Escola Augustinho, uma mulher se aproximou e perguntou se ele tinha cigarros. Neste momento, de acordo com o que foi apurado pela polícia, um homem se aproximou da vítima e efetuou três golpes de facão. O menor foi atingido com dois golpes na cabeça e outro nas costas. O agressor fugiu e a vítima foi socorrida e internada em estado grave no HE. Nos últimos dias, quatro indígenas foram assassinados nas aldeias do município, sendo três casos na última quinzena de maio, em um espaço de sete dias, e outro em junho. A maioria dos crimes tem ocorrido nos finais de semana e pelos menos dois assassinatos foram praticados com requintes de crueldade.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.