VOLTAR

O milenar banco Tukano da sabedoria chega a São Paulo

ISA - NSA
05 de Dez de 2003

Em evento conjunto do Instituto Socioambiental e Esther Giobbi Arte & Interiores, será lançado em São Paulo, na próxima quarta-feira, 10 de dezembro, o banco Tukano, confeccionado pelos artesãos indígenas do Rio Tiquié, no noroeste amazônico. Ele vem acompanhado do livro Kumurô, banco Tukano, que conta a história desse artefato de madeira, feito exclusivamente por homens.

O milenar banco Tukano, confeccionado pelos homens da etnia Tukano, que vivem no Rio Tiquié, no noroeste amazônico, chega a São Paulo e aos grandes centros consumidores, depois de uma longa viagem de quase seis mil quilômetros de barco e caminhão. Estará em exposição e à venda em evento conjunto do Instituto Socioambiental e Esther Giobbi Arte & Interiores, que acontece no dia 10 de dezembro a partir das 18 horas. Na ocasião, também será lançado o livro Kumurõ, banco Tukano, cuja intenção, ao contar a história do banco e de que forma é confeccionado, é agregar valor cultural e ambiental ao produto indígena voltado a um nicho específico de mercado. Quem comprar o banco receberá um exemplar do livro.

Fruto de uma parceria entre os artesãos do Rio Tiquié, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e o Instituto Socioambiental (ISA), Kumurõ, banco Tukano tem 64 páginas e uma rica coleção de fotos que revela as etapas desse minucioso trabalho artesanal, que se pretende comercializar de acordo com a capacidade de produção dos artesãos.

O texto é de Aloísio Cabalzar, a edição de Beto Ricardo, as fotografias de Rosa Gauditano e o design gráfico e editorial de Sylvia Monteiro.

O significado do banco Tukano

Esculpido a partir de um único bloco de madeira, sem encaixes nem emendas, exclusivamente por homens e para os homens, o objeto é símbolo de estabilidade e sabedoria. Os Tukano dizem que o homem desajuizado não sabe se sentar. Não possui um banco, não encontra um lugar para pensar sentado. Daí o simbolismo que carrega.

Depois de entalhado, o assento do banco recebe uma pintura com motivos geométricos, um grafismo de trançado, que representa o couro da cobra-canoa. De acordo com a mitologia do povo Tukano, que é um dos mais de vinte povos indígenas da região do noroeste amazônico, a cobra-canoa transportou a humanidade em seu bojo na origem do mundo.

Lançamento: Kumurô, Banco Tukano Data: 10/12/2003 Horário: 18 às 22h Local: Esther Giobbi Arte & Interiores Avenida Brasil, 1246 São Paulo

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.