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Novembro Rebelde Negro (Parte 1): Quilombos se fortaleceram enfrentando o governo genocida de Bolsonaro e generais

Nova Democracia - https://anovademocracia.com.br/noticias/18396
24 de Nov de 2022

Novembro Rebelde Negro (Parte 1): Quilombos se fortaleceram enfrentando o governo genocida de Bolsonaro e generais

Rosana Bond
24 Novembro 2022

Os ataques e perseguições feitas pelo governo militar fascista de Bolsonaro e generais, governo das classes dominantes, não enfraqueceram o movimento quilombola brasileiro nestes últimos 4 anos, como era seu objetivo. Ao contrário: nestes grupos de remanescentes de quilombolas seguiu-se honrando com orgulho o líder rebelde Zumbi dos Palmares, cuja memória é celebrada em novembro, mês em que se celebra no dia 20 o Dia do Povo Preto.

Suas lutas prosseguiram firmes, obtendo diversas vitórias como a retomada de territórios ancestrais. Uma delas foi em Florianópolis, em fevereiro de 2020, quando o Quilombo Vidal Martins reocupou o Parque Estadual do Rio Vermelho, área de seus antepassados da qual tinha sido retirado pela ditadura militar-civil de 1964, sob uma falsa promessa de retorno.

Ocupando o que é seu

Outra retomada ocorreu em fevereiro deste ano, quando um grupo de famílias entrou num território quilombola situado em Acará, no Pará.

Houve também uma reocupação em abril deste ano em Ilhéus, na Bahia, quando diversos quilombolas entraram no território Alto Terra Nova, corajosamente enfrentando tiros dados por paramilitares a serviço de latifundiários, entre eles os conhecidos por Leonardo e Juliano.

Resistência ao terror

Conforme o AND noticiou em junho deste ano, os quilombolas de Boa Hora 3 e Marmorana, município de Alto Alegre do Maranhão (MA) apesar de estarem vivendo sob terror reacionário provocado pelo latifúndio, que invadiu o território com paramilitares fortemente armados, mostram coragem e capacidade de luta. "Afirmam estarem destemidos e resistem no território", informou a jornalista Welita Barbosa.

Denunciaram estes quilombolas que no dia anterior à invasão (18/05) o latifundiário Márcio Sousa Oliveira, que é dono da rede de lojas de móveis Exata Magazine, alegando ter comprado as terras, foi até o Sindicato dos Trabalhadores(as) Rurais (STTR) para dizer que iria fazer "a divisão dos terrenos". O reacionário ainda fez ameaças afirmando que ninguém iria lhe impedir.

No dia seguinte, o criminoso-empresário chegou à comunidade acompanhado de paramilitares e outros jagunços, que desmataram a área e destruíram o arrozal plantado pelas famílias.

Desde então, os remanescentes de quilombolas resistem a várias tentativas de expulsão, intimidações e ameaças.

BARRANDO GOLPISTAS

Outra ação rebelde foi realizada no início de novembro, em Joinville (SC), a maior cidade do estado catarinense, tido como o "mais branco" do país. A atuação do Quilombo do Caminho Curto foi no sentido de trancar a passagem de caminhoneiros reacionários que protestavam na BR-101 contra o resultado da eleição presidencial, que derrotou Bolsonaro.

Mesmo sob graves ameaças dos fascistas furiosos, que portavam paus e armas de fogo, o Quilombo incendiou restos de madeira/lixo no meio da estrada secundária de acesso e não deixou que ninguém passasse.

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