G1 - https://g1.globo.com/
Autor: Eunice Ramos
06 de Mar de 2022
Cerca de 15 mil árvores espalhadas em 19 pontos são monitoradas pelos pesquisadores.
Por Eunice Ramos, TV Centro América
06/03/2022 13h08 Atualizado há 20 horas
As mudanças climáticas podem provocar alterações irreversíveis na floresta amazônica, segundo um estudo da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em parceria com universidades britânicas. Mais de 70% das árvores monitoradas que morreram no bioma já tinham copas quebradas ou danificadas por ação de ventanias ou da seca.
De acordo com a pesquisa, os especialistas estão em campo desde 2008 para monitorar 15 mil árvores espalhadas por 19 pontos da floresta entre Mato Grosso e Pará, numa área de transição entre a floresta amazônica e o cerrado.
O vento e o estresse hídrico provocado pela seca, fazem com que as árvores percam a capacidade de fotossíntese e absorvam menos carbono, o que prejudica o crescimento e acelera o processo de morte, segundo o estudo.
A pesquisadora da Unemat Simone Reis explica que o problema se agrava com a incidência de eventos climáticos extremos.
"Aumenta a quantidade de aberturas do céu da floresta e com isso, vai crescer outras árvores de madeira leve. Essas árvores apresentam maior mortalidade", contou.
A pesquisa também indica que esta é uma das regiões mais secas, quentes e fragmentadas de toda a América do Sul por causa da abertura de novas áreas destinadas à agricultura.
A bióloga do Greenpeace Fabiana Alves afirma que para reverter este quadro, é preciso agir rápido no combate ao desmatamento.
"Hoje o Brasil ainda vive de grilagem, ela acontece muito forte nessa região, então você tem incêndios que são intencionais. Essa função de impacto da crise do clima com os incêndios florestais e a falta de combate e controle do desmatamento na Amazônia pode causar uma perda desse bioma que não vai ser reversível", disse.
https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2022/03/06/mudancas-climati…
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.