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MT tem menos 7,2 mil ha de vegetação graças às queimadas

Diário de Cuiabá - www.diariodecuiaba.com.br
Autor: Dhiego Maia
22 de Out de 2010

Balanço do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) revela que 7,2 mil hectares de vegetação presente em 10 municípios mato-grossenses viraram cinzas em grande parte durante o proibitivo de queimadas. A irregularidade se transformou em 104 autos de infração e um aporte de multas no valor de R$ 8,7 milhões, que será encaminhado aos responsáveis pelas queimadas.

Encerrado há sete dias, o período proibitivo de queimadas, que neste ano foi antecipado e prorrogado por duas vezes, não freou o uso indiscriminado do fogo atingindo pastagens, unidades de conservação e parques de Mato Grosso.

De acordo com o coordenador estadual do Centro de Prevenção aos Incêndios Florestais (PREVFOGO), Cendi Ribas, as operações se concentraram em duas cidades. "Nova Bandeirantes e Colniza foram os municípios com a maior quantidade de operações de combate pelo Ibama", enfatiza.

Quem foi pego ateando fogo durante o período responde um processo. O suspeito tem 20 dias para interpor recurso, que é analisado pela Superintendência do Ibama. Os 10 municípios que entraram nas estatísticas da devastação apontadas pelo órgão são os que possuem ao menos uma brigada do PREVFOGO. De acordo com o Instituto, além de Colniza e Nova Bandeirantes, os outros oito municípios do Estado localizados na Amazônia Legal e atingido pelas chamas são Marcelândia, Brasnorte, Contriguaçú, Nova Ubiratã, Vila Rica, Confresa, São Félix do Araguaia e Cocalinho.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), responsável por fiscalizar áreas verdes de âmbito estadual, divulgou, no início do mês um balanço prévio das operações. Segundo o órgão, imagens de satélite e operações originaram outros 542 autos de infração e 231 fiscalizações em campo. Só em multas, o Estado já emitiu R$ 500 milhões. O resultado final das operações ambientais realizadas pela Sema será divulgado na próxima semana, segundo assessoria de imprensa do órgão ambiental do Estado.

De acordo com o Instituto Chico Mendes (ICMBio) vários parques também foram devastados no período. O Parque Nacional de Chapada dos Guimarães perdeu 14 mil dos 33 mil hectares de vegetação. O do Araguaia viu 48% de sua área original desaparecer. Parte do Pantanal mato-grossense queimou e fez fechar às pressas um hotel de grande porte na região. Para o coordenador do ICMBio em Mato Grosso, Eduardo Barcelos, a população precisa colaborar mais. "Não adianta aumentar fiscalização se a população continua ateando fogo intencionalmente", finaliza.

http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=381813

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