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Monitoramento de queimadas na Amazônia passará a ser mensal

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Autor: Liana John
27 de Jun de 2003

A divulgação antecipada dos números do desmatamento da Amazônia pela Agência Estado na quarta-feira apressou a realização de uma série de reuniões oficiais para explicar o aumento vertiginoso dos índices. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou ontem que o governo vai adotar uma base mensal de monitoramento, para poder trabalhar com prevenção e não só "apagando incêndios".

"Desde o início de junho já sabíamos que os dados seriam preocupantes e vínhamos trabalhando nas propostas de controle", disse Marina. O desmatamento em 2002 saltou do patamar de 18 mil quilômetros quadrados registrado nos últimos cinco anos para 25.500 km2. Ela afirmou acreditar na possibilidade de "conversão" de outros ministros, diante da gravidade da degradação.

"O grande diferencial, este ano, é que o esforço é solidário, é um processo conduzido pela Casa Civil com o envolvimento de vários ministérios, como Transportes, Agricultura, Integração, Reforma Agrária, além de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente", afirmou. "Não no sentido de dividir o prejuízo, mas de dividir o desafio de reverter a situação."

De acordo com a ministra, a primeira providência foi dar publicidade aos dados para que instituições de pesquisa e organizações não-governamentais possam analisar informações e contribuir com sugestões. "Queremos saber o que é desmatamento legal, quais as áreas mais críticas, quais as novas frentes, quais os desmatamentos em frentes de ocupação consolidadas."

As análises e sugestões serão discutidas e levadas para uma reunião interministerial prevista para segunda-feira, em Brasília. Após o encontro, o governo pretende divulgar um plano de ações emergenciais e políticas permanentes.

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