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Ministro quer reduzir área de preservação

FSP, Brasil, p. A6
26 de Ago de 2008

Ministro quer reduzir área de preservação

Da sucursal de Brasília

Menos de quatro meses após ser escolhido coordenador do PAS (Plano Amazônia Sustentável), o ministro Mangabeira Unger partiu ontem para a defesa clara da mudança das regras que impedem desmatar mais do que 20% das propriedades localizadas nas áreas de floresta na Amazônia: um dos maiores tabus no debate com ambientalistas. Nas áreas de cerrado, o limite de desmatamento é de 35%.
Em entrevista à Folha, o ministro de Assuntos Estratégicos afirmou que a regra -definida em 2001 por meio de medida provisória e como resposta ao aumento do desmatamento- é uma "invenção insensata": "Isso não presta, não existe em lugar nenhum do mundo, [a regra] não foi feita pra valer e é amplamente violada".
Mangabeira ponderou que não há solução "instantânea" para o problema. Reconheceu que o Código Florestal já autoriza percentuais maiores de áreas desmatadas (até 50% na floresta, para efeito de recomposição), desde que avalizadas pelo zoneamento econômico-ecológico, concluído no Acre e em Rondônia.
Segundo o ministro, o acordo entre os ministros do Meio Ambiente e da Agricultura para permitir a recomposição de parte da reserva com espécies exóticas, como dendê e eucalipto, é um "exemplo pontual de flexibilização", mas uma resposta limitada ao problema.

Minc
Em reunião com membros de ONGs e congressistas, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) abriu negociação para "ajustes" no Código Florestal, que estabeleceu a exigência de preservação de 80% das propriedades na Amazônia.

FSP, 26/08/2008, Brasil, p. A6

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