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Ministro diz que preservação ambiental 'não pode ser uma agenda do 'bom mocismo'

G1 - http://g1.globo.com/
Autor: G1 Vale do Paraiba e Regiao
05 de Abr de 2019

Ministro diz que preservação ambiental 'não pode ser uma agenda do 'bom mocismo'
05/04/2019 11h12

Por G1 Vale do Paraíba e região

Ricardo Salles, do Meio Ambiente, defendeu a revisão nos processos de licenciamento ambiental, com embasamento técnico e racional. 'Estamos vivendo no Brasil a consequência de uma agenda do politicamente correto', disse.

Palestrante do primeiro painel do fórum Lide, que une as principais lideranças do Brasil e empresário em Campos do Jordão (SP), o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente defendeu nesta sexta-feira (5) que a agenda da pasta tem que ser racional, com embasamento técnico. 'Não pode ser uma agenda do 'bom mocismo'', disse ao criticar o que considera uma patrulha do 'politicamente correto'.

Ele frisou que considera a agenda do meio-ambiente importante e inegociável, mas acusou órgãos ambientais de terem sido aparelhados ideologicamente, em governos anteriores, o que prejudicaria o desenvolvimento econômico do país.

"Precisamos enfrentar questões com equilíbrio. Licenciamento ambiental defendemos que tem que ser revisto, para que haja uma norma tradicional, debruçada no que é relevante e que se pare de perder tempo com coisas irrelevantes", afirmou.

Ele apontou que hoje os empresários do agronegócio enfrentam uma 'via crucis' para obter licenciamentos ambientais.

Na análise, ele disse também que a série de medidas que hoje são impostas a pretexto de cuidar do meio ambiente na verdade resultam no enfraquecimento do desenvolvimento econômico. "Resultado: não havendo desenvolvimento econômico, não há recurso para cuidar do meio ambiente; não havendo recurso para cuidar do meio ambiente nós nos deparamos com desafios que temos diariamente", disse.

"Até quando vamos nos curvar a uma pauta imposta, sem fundamento, que precisamos pôr restrições ao desenvolvimento, à agricultura e que acabam tolhendo nossa agenda de desenvolvimento",questionou no discurso.

Ele disse ainda que o ministério colocou o saneamento, na agenda de todo país, como prioritária e disse considerar vergonhoso os índices que o Brasil apresenta. "índice vergonhoso, tratamento fraco e ineficiente em termos percentuais. A ausência de investimento nesse setor é a prova do nosso subdesenvolvimento", concluiu.

Amazônia
Salles, considera que a Amazônia virou o grande tema do Brasil no exterior para o qual há a maior confusão de recursos nacionais e internacionais, pra monitoramento, para dados e pra satélite. "Mas mesmo assim isso não tem garatido que nós tenhamos um resultado satisfatório. Tanto é que há mais de um ano desmatamento da Amazônia vem crescendo", disse.

Ele disse que há uma agenda estrangeira sobre o que é feito na Amazônia, cuja contrapartida é a oferta de recursos, que não estão sendo integralmente pagos.

"O país é exemplo de sustentabilidade para o mundo e ainda assim é o patinho feio dos temas ambientais. Isso porque dá dinheiro fomentar rivalidade entre meio ambiente o agronegócio", analisou.

Ele também disse que o Brasil virou o 'país da cabeça socialista', em que o estado é quem tem que cuidar de tudo e o setor privado é o 'bandido que quer explorar'. A afirmação fez referência ao projeto que ele iniciou quando era secretário de Doria, no governo de São Paulo, para privatizar parques. Os dois primeiros foram privatizados pelo governo paulista nesta quinta (4).

https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2019/04/05/minis…

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