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Ministérios discutem zoneamento agroecológico da cana

MMA - www.mma.gov.br
Autor: Daniela Mendes
29 de Jul de 2008

O zoneamento agroecológico da expansão da cana-de-açúcar para produção de etanol será discutido entre o MMA e o Ministério da Agricultura na próxima semana. Entre os principais pontos da pauta está a possibilidade de excluir integralmente das áreas de expansão da cana os biomas Amazônia e Pantanal.

Segundo Roberto Vizentin, diretor de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o levantamento que está sendo executado pela Embrapa, em parceria com instituições do Consórcio ZEE-Brasil como o IBGE e o Inpe, aponta áreas mais que suficientes para expansão da produção em outros biomas sem que seja necessário derrubar nenhuma árvore.

"São áreas já ocupadas principalmente por pastagens e que podem ser destinadas para a produção da cana sem a necessidade de conversão de novas áreas", afirmou. Ele estima em 30 milhões de hectares a área que poderá ser destinada para o plantio da cana exclusivamente para produção de etanol. Para dobrar a produção atual de etanol, que hoje é de 20 bilhões de litros/ano, são necessários 7 milhões de hectares, o que garante uma margem confortável para o aumento da produção.

Também faz parte da agenda de discussões a definição de medidas necessárias para evitar que a expansão da cana impacte a produção de alimentos e, ainda, que preserve os sistemas de produção da agricultura familiar e evitem a concentração fundiária. Outro ponto que será avaliado são as condicionantes para concessão do licenciamento ambiental de usinas para assegurar a sustentabilidade da produção e a recuperação do passivo ambiental.

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