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Manifestação termina em prisão de quatro indígenas em Parintins

Em Tempo- http://www.emtempo.com.br
Autor: Tadeu de Souza
29 de Jun de 2016

Uma manifestação do Movimento de Mulheres Indígenas de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus) terminou na prisão de quatro integrantes do movimento na tarde desta quarta-feira (29).

O ato ocorreu contra o descaso registrado na saúde indígena na região do Médio Amazonas que compreende os municípios de Maués, Barreirinha, Nhamundá e Parintins, apesar do volume de recursos destinados pelo governo federal ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Parintins).

Desde o ano passado lideranças indígenas dos povos Sateré e Iskarianã, na região do Alto Nhamundá, reivindicam a saída de Paula Cristina Rodrigues Pinto da Coordenação do Dsei. A situação se agravou depois que o Conselho de Saúde Indígena (Condisi) rejeitou a prestação de contas apresentada pela coordenadora.

Na semana passada, o Movimento de Mulheres Indígenas deu início a uma mobilização pedindo a saída da coordenadora. A manifestação ocorreu durante uma assembleia do Condisi. A coordenadora teria puxado um documento das mãos de uma das indígenas originando uma grande confusão na plenária. A polícia foi chamada ao local e a assembleia foi suspensa, reiniciando mais tarde em outro local.

Paula Cristina Rodrigues denunciou que havia sido agredida pelas indígenas e registrou um Boletim de Ocorrência. Ontem à tarde, a mulheres voltaram ao Dsei/Parintins e deram início a um protesto dentro da sala da Coordenadora.

Novamente a Policia Militar foi chamada e segundo o comandante local, coronel Valadares Júnior, as mulheres foram conduzidas para a delegacia após o quebra-quebra.

"A manifestação é legitima, agora danificar equipamentos do órgão força a intervenção policial e foi o que fizemos, não houve violência e nem agressão a ninguém", disse.

As quatro indígenas do Movimento de Mulheres Sateré-mawé detidas foram ouvidas pelo delegado do município, Bruno Fraga, e liberadas. A representação da Funai em Parintins acionou seu setor jurídico para atuar na defesa das indígenas. A coordenadora do Dsei/Parintins deixou o local escoltada pela polícia e não falou com a imprensa.

Um dos líderes do povo Sateré-mawé, Derly Batista, disse que uma comissão tanto do povo Sateré, quanto do povo Iskariãna irá novamente a Brasília denunciar o caos na saúde indígena no Médio-Amazonas.

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